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Edição Comemorativa: Um ano lançando a semente 

Pela graça de Deus, o devocional “A Semente” completa um ano. Uma marca modesta, mas importante, especialmente considerando que, nos últimos meses, muita coisa mudou e muita coisa deixou de existir. “A semente”, entretanto, segue, porque tem suas raízes na imutável Palavra de Deus.

Como na Parábola do Semeador, as sementes têm sido lançadas no solo dos corações dos que leem e ouvem. Certamente, como na ilustração do SENHOR Jesus, boa parte dessas sementes tem caído em locais inóspitos para o florescimento da fé salvadora. Algumas, o Inimigo deve ter agido com diligente cuidado para arrebatá-las imediatamente após a semeadura. Outras, foram recebidas com empolgação, deram sinais de progresso, todavia tiveram vida curta. Várias devem ter caído em corações aparentemente preparados, nasceram, porém não cresceram, porque as preocupações deste mundo e os encantos das riquezas sufocaram as sementes. Porém, em meio a tanto esforço aparentemente inútil, não há dúvidas de que algumas caíram em corações preparados por Deus para recebê-las. Nesses corações, muitos dos quais só serão identificados na eternidade, a semente trouxe contrição, arrependimento, confissão, consolo e salvação. Visto que a semente é dada por Deus e é semeada sob Seu comando e autoridade, devemos ficar satisfeitos em obedecer independentemente dos resultados. A semeadura é “d’Ele, por Ele e para Ele”. Que Ele faça o que Lhe aprouver e receba a glória que Lhe pertence exclusivamente. 

Uma certeza temos: o semeador nunca semeia em vão a Palavra da vida. Em Isaías 55:10-11 está escrito: “Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, sem que primeiro reguem a terra, e a fecundem, e a façam brotar, para dar semente ao semeador e pão ao que come, assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.” Assim como Deus, usando o impressionante movimento das águas que, em ciclo contínuo, caem do firmamento e para lá retornam, faz brotar da terra o alimento que mantém nossa vida física, assim também ocorre com Palavra de Deus. Ela desce do Céu e vem até o nosso coração. Sendo a voz do próprio Deus, a Palavra semeada nunca volta vazia. Como uma espada de dois gumes, Ela penetra no íntimo da nossa alma, julga os pensamentos e propósitos do nosso coração e retorna para Deus, tendo feito o que Lhe apraz, prosperando de acordo com o soberano propósito do soberano Deus. Aos que, com humildade, ouvem e abraçam a verdade, a Palavra traz vida eterna. Aos que a ouvem com descaso ou com mera empolgação emocional ou intelectual, a Palavra se torna instrumento de juízo. Uma coisa é certa: a semente nunca será lançada em vão.

Os processos espirituais que levam uma pessoa a aceitar ou rejeitar a semente são inescrutáveis e devemos deixá-los com o onisciente SENHOR. Quanto a nós, o que nos cabe é seguir semeando, pois Salomão, sob inspiração divina, aconselha-nos: “Semeia pela manhã a tua semente e à tarde não repouses a mão, porque não sabes qual prosperará; se esta, se aquela ou se ambas igualmente serão boas” (Eclesiastes 11.6). Assim, pela manhã ou à tarde, em tempos bons e em tempos difíceis, tendo conhecimento dos resultados ou seguindo na obscuridade, continuemos semeando. Em um mundo de terra batida, pedregosa ou cheia de espinhos, haverá sempre uma pequena porção de boa terra em que a semente pode produzir frutos de salvação. Se apenas uma semente tiver esse destino, todo esforço terá valido a pena, pois, como disse o SENHOR Jesus, a recompensa será mais valiosa que o mundo inteiro.