Vencendo o medo e a ansiedade (20): Alegrando-se na maior esperança
A vida estava difícil. Às vezes, Bárbara achava que não iria suportar o peso da dor e a tristeza. Cansada, ela precisava urgentemente de verdadeira e real esperança que só encontramos em Deus, revelada nas Escrituras. Salomão diz: “A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é árvore de vida” (Provérbios 13.12). Bárbara precisava de esperança que não se adia.
A fim de ajudá-la a refletir sobre a esperança bíblica, fomos para Romanos 12:12, onde está escrito: “Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes.” Bárbara precisava renovar suas forças, regozijando-se na esperança. De fato, de ponta a ponta, a Bíblia é um livro repleto de "esperança que não se adia" para os que confiam no SENHOR.
A esperança é essencial para o andar com Cristo, pois “… na esperança, fomos salvos” (Romanos 8.24). Essa esperança se baseia nas firmes promessas do evangelho, pelo qual entendemos que Deus, em Cristo, está avançando Sua grande operação de resgate universal, pela qual até a criação será aliava das dores que agora sofre. Essa expectativa é infalível, pois será efetivada pelo poder de Deus, o mesmo poder que ressuscitou a Cristo e, agora, atua nos filhos de Deus. Mesmo que nossas expectativas sejam adiadas, a grande expectativa da restauração da glória de Deus em nós e na criação continuam firmes. Firmados na obra consumada do Salvador, na Sua ressurreição, ascensão e segunda vinda, nossos olhos podem sempre contemplar um novo horizonte.
Já que estávamos em Romanos 8, pedi que Bárbara lesse o versículo 32: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” Nessa pergunta retórica, a Palavra de Deus nos supre com uma esperança inigualável. Se Deus amou tanto, que deu Seu próprio Filho para salvar os que crêem n’Ele, porque Ele não iria generosamente suprir nossa necessidades menores? Se Ele nos assegura a eternidade, nua seria capaz de nos sustentar na vida presente?
Bárbara conhecia o evangelho, mas não estava percebendo que nele temos nossa melhor fonte de esperança. O evangelho que um dia nos salvou não pode ser apenas mais uma lembrança, sem afetar nossa vida cotidiana. Pode ser que, em determinados momentos não consigamos ter paz com as pessoas, crendo no evangelho, entretanto, somos “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Romanos 5.1). Saber que não mais estamos vivendo numa terrível relação de inimizade com Deus é a melhor notícia que nossos ouvidos poderiam ouvir. Isso significa que não mais seremos sujeitos à ira de Deus que, como Paulo afirma em Romanos 1:18, “… se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens que detêm a verdade pela injustiça” (Romanos 1.18).
“Bárbara”, disse, “uma vez que você colocou sua fé em Cristo como único mediador entre Deus e os homens, em Romanos 5, a Palavra de Deus diz que você pode gloriar-se na esperança da glória de Deus. Além disso, o texto diz que podemos nos gloria nas próprias provações, pois elas produzem perseverança, que leva à experiência e traz a esperança. O evangelho é uma fonte real de esperança, pois em Romanos 5:5 está escrito: “Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”
Às vezes, nossa mente fica confusa, mas a esperança do Evangelho não depende do nosso estado de mente ou disposição emocional. Nossa esperança está assegurada na morte e ressurreição do nosso Salvador. Na mensagem da cruz não há confusão. Descansemos na certeza de que nada nos separará do amor de Cristo (Romanos 8:39).
Para renovar sua esperança na esperança inconfundível do evangelho, pedi que Bárbara estudasse cuidadosamente Romanos 8:18-39. Depois, fizesse uma relação, com suas palavras, de todas as promessa que se encontram nesse texto. Finalmente, escrevesse uma oração a Deus de gratidão baseada nas sua lista.