Vencendo o medo e a ansiedade (25): Descansando nas promessas de Deus
“Passado o sábado, Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem embalsamá-lo. E, muito cedo, no primeiro dia da semana, ao despontar do sol, foram ao túmulo. Diziam umas às outras: Quem nos removerá a pedra da entrada do túmulo? E, olhando, viram que a pedra já estava removida; pois era muito grande” (Marcos 16.1-4). O maravilhoso relato da ressurreição de Cristo está registrado nos quatro Evangelhos. No relato de Marcos, entretanto, há um detalhe interessante que não deve passar despercebido: as mulheres, quando se dirigiam ao sepulcro para ungir o corpo de Jesus, estavam preocupadas com a pedra que fechava a entrada. A pedra sobre a qual as mulheres falavam, enquanto seguiam, era uma enorme fonte de ansiedade, pois poderia impedir que elas se aproximassem do corpo de Jesus. Porém, assim que chegaram ao sepulcro, notaram que pedra já tinha sido removida. Ou seja, elas estavam preocupadas com um problema que não mais existia.
Se observarmos bem o contexto, veremos que, na realidade, o grande obstáculo não era a pedra, mas a incredulidade que pairava sobre o coração das mulheres. Mais de uma vez, o SENHOR Jesus falou claramente do Seu sofrimento, morte e ressurreição. Ele até indicou o local onde iria encontrar-se com os discípulos – a Galileia. A promessa da ressurreição fora anunciada desde o Antigo Testamento. Tanto na vida quanto na morte de Jesus, as Escrituras se cumpriram detalhadamente. A lógica, portanto, era que a promessa da ressurreição iria também se cumprir, pois, como o próprio Cristo afirmara, “a Escritura não pode falhar” (João 10:35).
Essa história cabia bem na situação de Bárbara que, diante das dificuldades presentes, estava sofrendo com medo do que seria o futuro. Assim como as mulheres a caminho do sepulcro, Bárbara refletia sobre os enormes obstáculos que lhe sobreviriam. Na sua mente, eram rochedos intransponíveis que poderiam afetar severamente sua própria vida e a vida da sua família. Os prognósticos eram desalentadores. Bárbara ficava pensando e perguntando a si mesma: “Quem removerá a pedra que me aguarda nos próximos dias?”
Meu desejo era que Bárbara aprendesse que, em muitos casos, sofremos por coisas que não irão acontecer ou que Deus já resolveu por nós. Essa é a razão por que a Palavra de Deus nos diz que devemos estar ocupados com o hoje, não com o amanhã. Entender e viver essa verdade nos livra de temores irreais.
Na história da incredulidade dos discípulos quanto à ressurreição de Cristo, a razão da relutância em aceitar que Jesus estava vivo tinha um motivo bem definido, conforme lemos em João 20:9: “Pois ainda não tinham compreendido a Escritura, que era necessário ressuscitar ele dentre os mortos.” Falta de compreensão da Escritura nos impede de descansar nas promessas de Deus.
Falei à Bárbara: “Estamos concluindo nosso aconselhamento. Nada melhor do que nos lembrarmos de que as promessas do SENHOR são fiéis. Deixo, portanto, como tarefa final, a memorização de Hebreus 13:5-6, que diz: “Seja a vossa vida sem avareza. Contentai-vos com as coisas que tendes; porque ele tem dito: De maneira alguma te deixarei, nunca jamais te abandonarei. Assim, afirmemos confiantemente: O Senhor é o meu auxílio, não temerei; que me poderá fazer o homem?” Guarde essas palavras no coração e não fique ansiosa quanto ao futuro. Deus já está lá e removerá todas as pedras que, porventura, sejam impedimentos para cumprirmos Sua boa, agradável e perfeita vontade. Nossa vida está nas mãos de Deus e não poderia estar em melhores mãos. O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz” (Números 6.24–26).