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Vencendo o medo e a ansiedade (27): Não temas as coisas que tens de sofrer

“Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver: Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se declaram judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de Satanás.” (Apocalipse 2.8–9).

Essas palavras fazem parte da introdução da carta que o SENHOR Jesus enviou à igreja de Esmirna. Nesse tempo, os discípulos de Cristo que viviam na Ásia Menor passavam por grandes provações. De um lado, havia a oposição por parte da comunidade em geral. Do outro, e ainda mais cruel, era a perseguição vinda dos religiosos judeus que pertenciam à chamada Sinagoga de Satanás.  

Esmirna, uma famosa cidade portuária até hoje, tinha a fama de ter revivido das cinzas, uma vez que, tendo sido totalmente destruída no passado, foi reconstruída por Alexandre, o Grande. O nome “Esmirna” significa “mirra”, uma resina obtida de vários arbustos, usada na produção de perfume, remédio e incenso. A comercialização da mirra gerava grande riqueza para a cidade, contudo os cristãos não recebiam benefícios desse comércio. A razão era que, para fazer parte das associações de produtores e vendedores de mirra, era necessário reverenciar o imperador romano como uma divindade, declarando que César era Senhor. Uma vez que os cristãos não reconheciam outro Senhor além de Cristo, eles eram prejudicados e preteridos nas lucrativas transações comerciais. A condição humilde em que os servos do SENHOR Jesus viviam destoava enormemente da riqueza material da cidade de Esmirna.  

Entender esse contexto histórico nos ajuda a perceber por que Jesus diz à igreja em Esmirna que Ele é “o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver.” O importante não era que a cidade tinha ressuscitado, mas que Cristo vencera a morte. Além disso, o SENHOR assegura a Seus servos que Ele conhecia bem a tribulação que eles estavam enfrentando. As coisas não estavam fora do completo conhecimento de Cristo. Materialmente, os cristãos eram pobres, porém, espiritualmente, disse Jesus: “Tu és rico.”

Assim, mostrando Seu completo conhecimento e soberania sobre as provações que Seus servos enfrentavam, o SENHOR afirmou: “Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida” (Apocalipse 2.10). As lutas continuariam, e o diabo iria conseguir uma limitada vitória sobre os cristãos, fazendo com que alguns, por causa de calúnias e falsas acusações, fossem lançados na prisão, onde seriam atribulados por dez dias. Todavia, “não temas as coisas que tens de sofrer”, dizia o SENHOR. Cristo conhecia bem até mesmo os planos do próprio diabo. E Ele não apenas sabia das provações presentes como também preparava uma grande vitória para os fiéis, aos quais estava reservada, nos Céus, a maravilhosa Coroa da Vida. Eles iriam triunfar e seriam coroados na glória eterna, onde está a verdadeira riqueza. 

Talvez você, neste momento, esteja atravessando grande tribulação. Ou, pelo cenário a sua volta, esteja antecipando tempos difíceis. Se Cristo é, de fato, Seu SENHOR e Salvador, Ele já venceu o seu pior inimigo que é a morte. Portanto, “não temas as coisas que tens de sofrer”. O sofrimento é passageiro, a glória é eterna. 

No final da carta, o SENHOR diz: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte” (Apocalipse 2.11). Por favor, ouça o que o Espírito diz às igrejas e desligue-se do que o mundo diz que vai acontecer contra a Igreja de Cristo.