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Até que a morte nos separe (12): Regozijai-vos na esperança

Em Romanos 12:12, Paulo aconselha os cristãos de Roma com a seguinte exortação: “Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes.” Esse é um sábio conselho para uma esposa que, como Bárbara, acabara de descobrir que o cônjuge estava sendo infiel. 

Quando o pecado da infidelidade conjugal veio à tona, Bárbara viu seu mundo ruir e foi tomada de desespero. É difícil manter o equilíbrio em tal situação. Aprisionada em um turbilhão de emoções contraditórias, Bárbara queria se livrar do sofrimento rapidamente, pegando o primeiro atalho. Na sua avaliação, o divórcio era o caminho mais fácil. Na verdade, era isso o que muitos estavam sugerindo que ela fizesse. 

Quando um casamento chega ao fundo do poço, para que a destruição não avance, a primeira providência é reconhecer que, com Deus, ainda podemos encontrar esperança. Por isso, Paulo nos exorta: “Regozijai-vos na esperança.” O pecado é triste e devastador, porém a esperança que temos em Deus pode nos trazer alegria, pois esperança é o oposto do desespero. Diz-se que, enquanto há vida, há esperança. Deus é o Autor e o Sustentador da vida. Portanto, ao Seu lado, a esperança nunca cessa.

Para sermos honestos no aconselhamento bíblico, não devemos fazer promessas que Deus não faz. Infelizmente, não temos garantia de que todos os casamentos atingidos pelo pecado do adultério irão resistir. A dureza de coração pode ser maior do que imaginamos. Entretanto isso não invalida a esperança. Com ou sem o cônjuge, Deus continua sendo nossa esperança plena e certa. Bárbara precisava entender que nossa vida depende do SENHOR, não do arrependimento do cônjuge. Assim, apesar do sofrimento, ela ainda podia se regozijar na esperança. 

Aqui temos algo que todos os casais precisam considerar. A união conjugal não pode ser o refúgio da nossa alma. Um casamento feliz é uma bênção maravilhosa. No entanto não pode se transformar na razão da nossa existência, porque, nesse caso, estaria sendo transformado em um ídolo. De acordo com Salmos 46:1, “Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente nas tribulações.” Nosso sustento e segurança estão em Deus, não nas bênçãos da união conjugal. Como bem escreveu Lutero no hino Castelo Forte, “se temos de perder / os filhos, bens, mulher, / embora a vida vá, / por nós Jesus está / e dar-nos-á Seu reino.”

“Caros Pedro e Bárbara, creio firmemente que vocês podem vencer juntos esta luta. Podem crer na possibilidade de a segunda parte da história ser muito melhor do que a primeira. Porém, mesmo que vocês não consigam seguir juntos um do outro, é possível a cada um, individualmente, seguir junto do SENHOR. Por isso, regozijem-se na esperança que Deus oferece e sigamos passo a passo. Pensando nisso, gostaria que memorizassem Salmos 39:7, que diz: ‘E eu, Senhor, que espero? Tu és a minha esperança.’ Guardem essas palavras no coração. Cada vez que o desespero tentar dominá-los, repitam esse versículo em forma de oração. No nosso próximo encontro, gostaria de ouvir suas respostas à seguinte pergunta: Que esperança o SENHOR me oferece na qual devo me regozijar”. 

  A promessa do SENHOR feita a Josué é muito especial: “Ninguém te poderá resistir todos os dias da tua vida; como fui com Moisés, assim serei contigo; não te deixarei, nem te desampararei” (Josué 1:5). Regozijemo-nos nessa promessa.