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Até que a morte nos separe (13): Sede pacientes na tribulação 

“Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” (Romanos 12:12). 

Esperança e paciência são irmãs gêmeas. Quando, em meio às duras provas, conseguimos, apesar das circunstâncias, alegrarmo-nos na esperança, é mais provável que, também, seremos paciente na tribulação. Os impactos do pecado de adultério se constituem em um peso quase insuportável para os cônjuges. Pedro e Bárbara estavam sofrendo horrivelmente. Era preciso seguir cuidadosamente para que alcançássemos a cura, e não um agravamento da doença. 

O conselho das Escrituras é que, quando passamos por provação, sejamos pacientes, não apressados. A provação dói, mas Deus tem um propósito bom, que será realizado através dela. O primeiro alvo de Deus não é que sejamos livres do sofrimento. O SENHOR conhece a nossa dor e nos acompanha em cada angústia. No entanto, Deus não está age primordialmente para extinguir o fogo da provação, que serve como instrumento depurador da nossa fé. Portanto, apressar o processo e correr em busca do primeiro “analgésico” que julgamos eficaz não é o melhor caminho quando estamos passando por provações. 

  Parece contraditório, mas a Bíblia ensina que há uma recompensas especial para quem persevera pacientemente na provação. Em Tiago 1:12, está escrito: “Bem-aventurado o homem que suporta, com perseverança, a provação; porque, depois de ter sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor prometeu aos que o amam.” Esse texto é um estímulo poderoso pois nos ensina que a nossa perseverança na provação será duplamente compensadora: agradamos ao SENHOR com nossa obediência e ficamos qualificados para receber a coroa da vida. 

Depois de ouvir atentamente, Bárbara disse: “Pastor, eu entendo que devo suportar pacientemente a provação, mas tenho medo de me decepcionar outra vez. Honestamente, eu não confio mais no Pedro”. Evidentemente, eu não podia exigir que Bárbara, nesse momento, confiasse em Pedro. Ele havia perdido a qualidade de um marido irrepreensível, e precisaria viver para voltar a gozar desse privilégio. A questão, no entanto, não era se Pedro poderia lhe desapontar ou não. A confiança e determinação para perseverar na provação não estava no cônjuge, estava no SENHOR. É como lemos no Salmo 33:20-21: “Nossa alma espera no Senhor, nosso auxílio e escudo. Nele, o nosso coração se alegra, pois confiamos no seu santo nome” . 

A pergunta para Bárbara e Pedro era a seguinte: Quais são as pressões que estamos enfrentando nesse momento, em que devemos ser perseverantes? Junto com isso, motivados pela exortação bíblica, que diz: “Levai as cargas uns dos outros e, assim, cumprireis a lei de Cristo” (Gálatas 6:2), Pedro e Bárbara deveriam buscar uma pessoa fiel a Cristo, que pudesse ajudá-los a levar as cargas e perseverar na provação. Esse é mais um grande benefício de sermos parte do Corpo de Cristo. 

Por causa do amor de Cristo derramado em nossos corações, é possível perseverar, afinal o amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1Coríntios 13:7).

“Espera pelo Senhor, tem bom ânimo, e fortifique-se o teu coração; espera, pois, pelo Senhor” (Salmo 27.14).