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Até que a morte nos separe (14): Sede perseverantes na oração 

“Regozijai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, na oração, perseverantes” (Romanos 12:12). 

Apesar de serem parte de uma congregação, Pedro e Bárbara, por causa da vergonha e de outros fatores, estavam isolados. Não sentiam motivação e liberdade para compartilhar sua luta com outras pessoas. Temiam rejeição. Eles precisavam conversar, porém não sentiam disposição para ir em busca de alguém. O que poderiam fazer?

A última exortação do apóstolo Paulo em Romanos 12:12 nos adverte para que sejamos perseverantes na oração. Perseverança fala de diligência, firmeza e constância. É desse modo que devemos prosseguir na nossa vida pessoal de oração. Orar é uma bênção em todo tempo, nos momentos de provação, contudo, é ainda mais compensador. 

Devido aos problemas e pecados que atacavam a vida do casal, há muito eles não oravam juntos. De fato, quando permitimos que o pecado cresça em nossa vida, a disposição para orar desaparece imediatamente. Em Isaías 59:2, o SENHOR diz: “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça.” Pecado e oração são incompatíveis. Agora que Pedro estava disposto a seguir pelo caminho do arrependimento, seria a hora de restaurar a prática da oração com a esposa. 

Oração é sempre uma luta espiritual. Dentre todas as disciplinas espirituais, essa é a mais urgente e a mais negligenciada. Por isso, Paulo exorta aos cristãos em Roma que sejam firmes na oração, que é parte essencial da nossa comunhão com o SENHOR. Quando negligenciamos a oração, estamos desprezando a bênção da presença de Deus em nossa vida.

Antes de buscar qualquer outra pessoa, o casal que está realmente querendo recuperar-se dos efeitos do pecado de adultério deve buscar a Deus em oração. Isso significa que os cônjuges nunca precisarão sofrer por causa da falta de alguém com quem compartilhar suas dores. Deus está sempre disponível para nos ouvir. Uma prova disso encontramos em Salmos 50:15, onde o SENHOR afirma: “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás”. 

As lutas decorrentes dos impactos do adultério são intensas. Para que o casal não caia na tentação de desistir, precisa lembrar-se do ensino de Jesus na conhecida parábola do juiz iníquo. Em Lucas 18:1, o texto sagrado diz: “Disse-lhes Jesus uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca esmorecer” (Lucas 18.1). Esse era um conselho urgente que Pedro e Bárbara deveriam seguir. 

Como proceder? Eles deveriam orar juntos duas vezes ao dia: pela manhã, ao acordar, e à noite, antes de dormir, apresentando ao SENHOR suas lutas, tristezas e necessidades. Também deveriam orar por outros casais que, porventura, estivessem passando por crises conjugais. Nas suas orações, deveriam pedir ao SENHOR que usasse a história deles para abençoar outros casamentos com a força e a esperança que vem do SENHOR.

A promessa do SENHOR é maravilhosa: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jeremias 33.3). Mas não nos esqueçamos de que o primeiro passo é “invoca-me”. Busquemos, pois, a Deus em oração perseverante!