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Até que a morte nos separe (25): Sob a tua Palavra

Bárbara relutou em perdoar porque tinha muito medo de não poder voltar a viver feliz com seu marido. Invariavelmente, a perda de confiança é um efeito do adultério. Mesmo que o cônjuge que pecou esteja verdadeiramente arrependido e tenha recebido a graça do perdão, isso não significa que tudo se restaurará instantemente. O privilégio da confiança, por exemplo, não se reconstitui imediatamente após o perdão. Alguém pode ser verdadeiramente perdoado e ainda ter que lidar por algum tempo com os efeitos desagradáveis da perda de confiança. Pedro precisava entender isso, a fim de esperar com paciência que o processo de restauração se completasse, respeitando o ritmo que fosse ideal para sua esposa.

Em Lucas 5:1-11, lemos acerca de um episódio ocorrido com Jesus e os discípulos no Mar da Galileia. Jesus havia utilizado o barco de Simão Pedro enquanto ensinava à multidão que estava na praia. Ao final, e como forma de gratidão pelo favor recebido, o SENHOR disse a Simão: “Faze-te ao largo, e lançai as vossas redes para pescar” (Lucas 5.4). Simão, pescador experiente, havia passado a noite inteira tentando pegar alguns peixes, sem sucesso. Por sua própria vontade, apoiado no seu conhecimento e prognóstico, não fazia sentido retornar ao mar. Muito esforço já tinha sido feito sem nenhum resultado. Portanto, se lhe fosse dada a oportunidade de escolher, ele preferiria guardar as redes e poupar esforço em uma pescaria que parecia improdutiva. No entanto, Simão, mesmo sem muitas expectativas, resolveu obedecer a Cristo. A sua resposta à ordem do SENHOR foi a melhor possível, pois ele disse: “Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos, mas sob a tua palavra lançarei as redes” (Lucas 5.5). 

Essa é uma lição de que precisamos nos lembrar sempre. Muitas vezes nossa experiência diz que não vai dar certo. Ficamos desanimados e seguimos nossos sentimentos e intuições em vez de confiar na Palavra de Cristo. Olhamos as possibilidades e achamos que é melhor “guardar as redes”. Nesses momentos, devemos lutar contra nosso desânimo e agir, porque o SENHOR está mandando. Não obedecemos porque estamos animados nem porque estamos vendo possibilidades animadoras. Para seguir adiante, temos que reunir todas as nossas forças, lutar contra o nosso coração e dizer: “SENHOR, mesmo que eu não ache que esse caminho seja o melhor a seguir, eu vou dar o primeiro passo, porque o SENHOR está mandando… Sob a Tua Palavra lançarei as redes.”

Bárbara precisava seguir o exemplo de Pedro, confiando que, em qualquer situação, o caminho do SENHOR é sempre o melhor. Ela entendeu perfeitamente e reafirmou seu desejo de fazer o que sabia ser a vontade de Deus.

O conselho da Palavra de Deus é claro: “E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos” (Gálatas 6.9). Pode ser que os frutos não cheguem imediatamente, mas, a seu tempo, chegarão, pois Deus é fiel!