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Meditações no Evangelho de João (1): O Caminho para a Vida Eterna 

Existem diferentes razões que podem despertar em um leitor o interesse em determinada obra. No meu caso, dois fatos têm grande peso: a pessoa que escreveu e o motivo por que o fez. Se você, assim como eu, considera que autoria e propósito são elementos que conferem valor e autoridade a um livro, então, certamente, terá grande interesse em ler e reler o Evangelho de João.

Comecemos examinando o propósito da escrita do quarto Evangelho. Felizmente, não precisamos conjecturar a fim de elaborar, com nossas próprias palavras, uma declaração do propósito do escritor sagrado. Esse esforço é dispensável, porque o próprio João comunica claramente o motivo pelo qual escreveu o livro. Essa declaração se encontra no capítulo 20, versículos 30 e 31, onde está escrito: “Na verdade, fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome.” 

O apóstolo João, deliberadamente, organizou seu Evangelho em torno de alguns milagres, que ele chama de sinais, por julgar que a mensagem transmitida por eles, se corretamente entendida, seria suficiente para que o leitor pudesse crer que Jesus é o Cristo, e, baseado nessa crença, tivesse vida em Seu nome. 

No livro Zelota, uma obra publicada em 2013 que figurou por semanas na lista dos best-sellers do jornal The New York Times, o autor Reza Aslan afirmou que, à medida que se aprofundava nas pesquisas acadêmicas para investigar as fontes do Cristianismo, crescia em admiração por Jesus de Nazaré, porém não por Jesus Cristo. Reza Aslan é apenas mais um, dentre muitos, que tem apreço pelo homem Jesus, mas repulsa pelo Cristo, isto é, pelo Messias, o Filho de Deus. Em nossos dias, tem sido cada vez mais comum ouvirmos sobre estudiosos da religião e filósofos que vibram com a conversação em torno de Jesus, contudo cortam o assunto tão logo alguém insere o Cristo no diálogo. O Nazareno é aceito, porque, na visão desses estudiosos, ele é um mero homem, uma figura carismática. Sem dificuldade, o homem Jesus é reconhecido como um exemplo moral, um pacifista, um homem de mente brilhante ou, até mesmo, um hippie fora de tempo.  

Quem se satisfaz com as conclusões humanas pode fazer uma pesquisa na internet e escolher a conclusão que mais lhe agrada. Há livros e pesquisas para todos os gostos. Entretanto, se a pessoa tiver um mínimo de interesse em ouvir o que a Bíblia diz sobre Jesus, fará bem em dedicar algum tempo para ler e meditar no Evangelho de João. São apenas vinte e um capítulos que foram escritos para que o leitor chegue a crer em Cristo e, assim, receba a vida eterna. 

O propósito do Evangelho é ousado, singular e profundo. Aconselho a você que leia e medite no Evangelho de João, pois isso pode determinar o seu destino eterno.