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Meditações no Evangelho de João (10): A mais clara apresentação do Evangelho 

O Evangelho de Cristo tem uma característica que o torna particularmente notável: sua simplicidade. Isso significa que a mensagem do Evangelho pode ser entendida por todas as pessoas, até mesmo por uma criança. É o que vemos, por exemplo, em João 3:16, onde está escrito: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Nessas poucas palavras, João nos comunica as simples e poderosas verdades do Evangelho, uma vez que, nesse versículo, temos a extensão, a prova e a finalidade do amor de Deus. 

Nos versos 14 e 15 do capítulo 3 do Evangelho de João, os quais são comentários do próprio João a respeito do diálogo entre Jesus e Nicodemos, o apóstolo amado diz que o Filho de Deus seria crucificado, a fim de livrar da morte eterna todo que n’Ele cresse. A razão por que, em Cristo, a salvação está disponível a todo que crê está no fato de que “Deus amou ao mundo”. Embora o Messias, na Sa encarnação, tenha nascido judeu, Seu sacrifício tem um alcance universal, podendo salvar a todos que nele creem. Essa verdade fica bastante evidente em João 1:11-12, onde lemos: “Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.” Na oferta de salvação a todo que crê, vemos a extensão do amor de Deus. Ninguém fica excluído da possiblidade de crer em Cristo e ser salvo por Ele, pois “Deus amou ao mundo”.

Depois de apresentar a extensão do amor de Deus, João 3:16 nos fala sobre a intensidade do amor de Deus. João tem o cuidado de declarar que Deus não apenas amou ao mundo, mas o fez de “de tal maneira que deu o seu Filho unigênito”. De que prova maior este mundo precisa para crer no amor de Deus? Deus tinha um único Filho e resolveu, espontaneamente, oferecê-l’O como sacrifício pelos pecadores, a fim de que pudéssemos ganhar a vida eterna. É óbvio que o Pai e o Filho pagaram o preço máximo, com o propósito de nos livrar da condenação. Sem dúvida, se houvesse outra possiblidade menos dolorosa, Deus teria agido de modo diferente, poupando Seu amado Filho da dor, do escárnio e da vergonha da cruz. Todavia, não havia outra opção que fosse capaz de resolver o problema do nosso pecado. Desde o Éden, Deus tinha declarado que o salário do pecado é a morte física, espiritual e eterna. A culpa era eterna, e demandava uma compensação de valor eterno. Assim, se Deus iria nos amar ao ponto de nos tornar Seus filhos, Ele precisaria manifestar esse amor entregando Seu próprio Filho para morrer em nosso lugar. De fato, é como o próprio Jesus diz em João 15:13: “Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.”

Finalmente, notemos que João 3:16, não somente nos fala sobre a extensão e a intensidade do amor de Deus, mas também, sobre a sua finalidade. Assim, esse versículo termina com as seguintes palavras: “para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” Deus não teria dado Seu Filho para morrer por nós, se existisse outro meio pelo qual pudéssemos ser livres da condenação eterna. Eis a razão por que Jesus afirmou em João 14:6: “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” Achar que há salvação em outro além de Cristo significa desprezar o plano de Deus e desmerecer Seu amor. A verdade é que, como afirmou tão claramente o apóstolo Pedro, “… não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos dos Apóstolos 4:12). 

Se você deseja conhecer a essência do Evangelho de Cristo, leia e medite no capítulo 3 de João, refletindo principalmente no versículo 16. A mensagem é tão simples que alguns a julgam simplória. Não pense assim. O Evangelho é simples porque é dessa forma que a salvação fica disponível a todo que crê, incluindo você que agora escuta ou lê esta mensagem. 

A salvação é um presente que Deus oferece à humanidade. O preço foi pago pelo Seu Filho na cruz do Calvário. A validação do sacrifício aconteceu ao terceiro dia, quando Jesus ressuscitou. Esse é o plano e a oferta do infinito amor de Deus. Você os aceita?