Meditando nas Escrituras (9): A Firmeza da Profecia Bíblica
Jesus terminou o Sermão do Monte com a conhecida parábola dos dois construtores: o sábio e o tolo. A construção de cada um passou pelos mesmos testes: chuvas torrenciais, rios transbordantes e ventos impetuosos. A casa do sábio resistiu porque fora edificada sobre a rocha, enquanto a casa do tolo desabou porque fora edificada sobre a areia. Qual a diferença entre o sábio e o tolo? A disposição de cada um para obedecer ou não a Palavra de Cristo. É a Palavra de Deus que nos mantém firmes a despeito das intempéries que podem desabar sobre a nossa vida.
No final do primeiro século, os cristãos estavam passando por grandes tribulações. Por causa da sua fé, muitos perderam suas famílias, tiveram seus bens confiscados, perderam o sustento pessoal, e não poucos foram martirizados pelas autoridades romanas. Era um tempo de perseguição e dor. Foi nesse contexto que o apóstolo Pedro escreveu a sua segunda epístola. Sua intenção era manter viva a esperança da vinda do SENHOR na mente dos cristãos.
Por que Pedro teria enfatizado a esperança da volta do SENHOR para uma comunidade que estava sob severa perseguição? Eis a resposta: “Porque não vos demos a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade, pois ele recebeu, da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo. Ora, esta voz, vinda do céu, nós a ouvimos quando estávamos com ele no monte santo” (2Pedro 1:16-18).
Tanto na antiguidade como nos dias atuais, “fábulas engenhosamente inventadas” sempre estiveram gravitando no universo das crenças religiosas. O ambiente da espiritualidade é um terreno fértil para a proliferação de mitos e superstições. A fé cristã, com sua base em fatos históricos irrefutáveis, como a ressurreição de Jesus, não abre espaço para fábulas inventadas pela criatividade humana. A escatologia bíblica, com sua ênfase no retorno visível de Jesus Cristo, tem sua base em fatos que foram verificados por testemunhas oculares, e Pedro era uma delas.
Nos versículos acima citados (2Pedro 1:16-18), Pedro está fazendo alusão ao glorioso episódio da Transfiguração. Pedro, Tiago e João estavam com Jesus no “monte santo” quando o SENHOR se encontrou com Moisés e Elias. Naquela ocasião, os discípulos foram impactados com a majestade, a honra e a glória de Jesus, que Lhe foram conferidas pelo Pai. Pedro teve uma visão da glória de Deus e ouviu a Sua voz vinda do Céu, que dizia: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”.
Baseado em todas essas evidências, Pedro compartilha a bendita esperança com os seus irmãos em Cristo, assegurando-lhes que não estava lhes dando “a conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas engenhosamente inventadas.”
A volta de Cristo é a grande expectativa e a esperança de todo salvo. Quem já colocou sua fé no SENHOR Jesus e teve seus pecados perdoados por Ele não entra em pânico como os demais que não têm esperança. Ao contrário, enquanto vê a multiplicação da maldade e o avançar das trevas sobre e o mundo, eleva seus olhos ao Céu e diz: Maranata! Vem, SENHOR Jesus!
Você está firme nesta esperança? Você está pronto e ansioso (no bom sentido) para o encontro com Cristo?