Meditando nas Escrituras (19): O Valor Inestimável da Palavra do SENHOR
Em Salmos 119:105, está escrito: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti.” Sabendo da importância da Palavra de Deus, o salmista a valoriza como um verdadeiro tesouro que deve ser conservado no coração. Esse versículo é somente mais uma referência entre tantas outras que fazem alusão ao valor inestimável da Palavra de Deus para nossa vida. Por exemplo, nesse mesmo salmo, no versículo 72, está escrito: “Para mim vale mais a lei que procede de tua boca do que milhares de ouro ou de prata.” E, um pouco adiante, no versículo 127, também está escrito: “Amo os teus mandamentos mais do que o ouro, mais do que o ouro refinado”.
Depois de descrever a singularidade da Palavra de Deus, destacando seus muitos atributos e abençoados efeitos, Davi passa a falar sobre o valor e o sabor da Lei do SENHOR, conforme lemos em Salmos 19:10, onde o escritor sagrado afirma que os preceitos do SENHOR “são mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos.”
Como sabemos, o ouro puro sempre foi um metal valioso e, por isso, cobiçado pelos homens. A partir desse fato, Davi destaca o enorme valor da Palavra de Deus, enfatizando que a Sagrada Escritura ultrapassa em muito o valor das mais finas joias. Encontramos esse mesmo ensino nos lábios do rei Salomão, no livro de Provérbios, enquanto aconselha seu filho. Em Provérbios 8:9-11, por exemplo, Salomão afirma: “São justas todas as palavras da minha boca; não há nelas nenhuma coisa torta, nem perversa. Todas são retas para quem as entende e justas, para os que acham o conhecimento. Aceitai o meu ensino, e não a prata, e o conhecimento, antes do que o ouro escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que joias, e de tudo o que se deseja nada se pode comparar com ela.”
Com esses conselhos inspirados, Salomão procura abrir os olhos da alma do seu filho para o valor da revelação divina.
Infelizmente, nossa visão espiritual é curta e não nos permite perceber naturalmente o valor da Palavra de Deus. Por essa razão, não devotamos à Sagrada Escritura o amor que lhe é devido. É certo que, com as nossas palavras, podemos declarar que a Escritura é um tesouro valioso. No entanto, se não temos prazer em ler e aprender da Lei do SENHOR, como podemos confirmar que a temos como um tesouro precioso? Em Salmos 119:72, o salmista declarou que, para ele, os mandamentos do SENHOR eram mais valiosos do que milhares de joias de ouro e de prata. Como sabemos que essas palavras refletem a realidade íntima do seu coração? Sabemos disso porque, nesse mesmo salmo, no versículo 97, ele declara: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!”
Quem tem apreço pela Palavra do SENHOR tem disposição e motivação para ler, meditar e estudar a Sagrada Escritura. Se esse for o seu caso, continue, pois a preciosidade da Palavra de Deus se tornará ainda mais perceptível à medida que você continuar meditando nela. Se você ainda não consegue perceber o valor da lei do SENHOR, decida aproximar-se dela. À medida que os olhos do seu coração forem sendo abertos, você entenderá que os mandamentos do SENHOR são, realmente, mais preciosos “do que o ouro, mais do que o ouro refinado”.