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Meditando nas Escrituras (34): O Amor a Deus Revelado no Amor a Sua Palavra

Leitura: Salmos 119:57- 64

​Certa vez, enquanto instruía Seus discípulos em particular, Jesus lhes perguntou: “Quem dizem os homens que eu sou?” Os discípulos responderam que o povo tinha opiniões diferentes quanto à identidade do SENHOR Jesus. Alguns diziam que ele era João Batista; outros, Elias; e outros afirmavam que Ele era algum dos profetas. Jesus, então, fez a pergunta que mais Lhe interessava: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” (cf. Marcos 8:26-30).

​Quem é o SENHOR para você? Que lugar Ele ocupa na sua vida? Em Salmos 119:57-64, o salmista fala sobre o que Deus significava para ele. É como se Deus lhe tivesse feito a mesma pergunta que Jesus fizera aos discípulos, e ele prontamente respondesse: “O Senhor é a minha porção; eu disse que guardaria as tuas palavras” (v. 57). Aqui, a palavra “porção” pode ser traduzida como propriedade ou lugar seguro. A razão para as duas possibilidades é que, no ambiente agrário dos tempos bíblicos, quem tinha uma propriedade era tido como uma pessoa que possuía segurança ou estabilidade. Assim, tendo em Deus sua porção, o salmista completa dizendo ao SENHOR que ele tinha uma firme resolução: observar a Palavra de Deus.  

​Devido ao seu apego a Deus, demonstrado pela determinação de obedecer-Lhe, o salmista pede que o SENHOR se compadeça dele segundo a sua Palavra (v. 58). Pelo seu contato íntimo com as Escrituras, o salmista sabia que Deus é cheio de compaixão e socorre aos que O buscam de todo coração. Por isso, o autor sagrado observa com zelo seus caminhos, para não se desviar daquilo que Deus lhe ordena na Sagrada Escritura. Ele declara: “Considero os meus caminhos e volto os meus passos para os teus testemunhos” (v. 59). Ele tem como prioridade máxima obedecer a Deus sem reservas, pois, no verso 60, ele diz: “Apresso-me, não me detenho em guardar os teus mandamentos.” Se observarmos bem os versículos 59-60, aprenderemos uma lição importante: Quando, ao examinarmos as Escrituras, notarmos que os nossos pés estão se desviando dos caminhos do SENHOR, jamais deveremos adiar o arrependimento. Deveremos, ao contrário, reconsiderar os nossos passos e retornar, sem demora, ao caminho proposto por Deus na Sua Palavra.

​Como vemos em outros Salmos, enquanto se esforçam para observar a Palavra do SENHOR, os servos de Deus precisam enfrentar, com discernimento, as armadilhas que os ímpios preparam para que o justo se desvie do seu alvo de viver de modo agradável a Deus (cf. Salmos 140:4). Pelo que lemos no versículo 61, aparentemente, o salmista, em dado momento, ficou vacilante no seu compromisso com Deus. Felizmente, ele percebeu rapidamente o perigo e voltou-se para a Palavra de Deus com renovado interesse. Desse modo, no versículo 61, ele declarou: “Laços de perversos me enleiam; contudo, não me esqueço da tua lei.”  

​Se, como disse o salmista no início da estrofe, o SENHOR é realmente a nossa herança, com determinação firme desvencilhemo-nos de tudo que nos afasta do SENHOR, movendo as nossas afeições para a Lei do SENHOR, pela qual daremos graças até durante a noite (v. 62). Assim, nosso prazer será a companhia dos que temem a Deus e guardam os seus mandamentos (v. 63). O mundo, com seus apelos e fantasias, não conseguirá nos enredar, pois estaremos cercados pela Palavra de Deus e pelo povo que busca o SENHOR.

​Quando nosso amor a Deus é autenticado pelo nosso desejo de observar Seus mandamentos, vemos que a bondade de Deus está nos cercando e, assim, pediremos ao SENHOR: “Ensina-me os teus decretos.”

​Quem é Deus para você? A resposta está na sua disposição para conhecer e obedecer às Escrituras.