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Meditações no Evangelho de João (81): A Expectativa da Verdadeira Alegria

Leitura Bíblica: João 16:16-22

O imediatismo nos priva das bênçãos espirituais que temos em Cristo. Vivendo em um mundo no qual todos os prazos são para ontem, corremos o risco de pensar que Deus também age sob presão, submetido aos nossos prazos. Na realidade, em Eclesiastes 3:11, está escrito: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo…” . Os bons propósitos de Deus serão realizados no “seu devido tempo”; nem antes, nem depois!

Despedindo-se dos discípulos, em João 16:16, Jesus disse: “Um pouco, e não mais me vereis; outra vez um pouco, e ver-me-eis.” Jesus estava traçando a cronologia dos próximos eventos, falando da morte, da ressurreição, dos quarenta dias após a ressurreição, e, finalmente, da Sua subida aos Céus. Confusos quanto às etapas finais do ministério terreno de Jesus, os discípulos diziam entre si: “Não compreedemos o significado de tais palavras” (cf. João 16:18). 

Vendo-os, assim, confusos, e notando que desejavam perguntar acerca do que tinham escutado, Jesus os orientou, esclarecendo que Seu sacrifício seria alegria para o mundo, mas tristeza para os discípulos. Porém, assegurou que tal situação seria por pouco tempo. Logo, a tristeza dos discípulos se converteria em alegria (cf. João 16:20). Seria como uma mulher grávida que sofre quando se aproxima a hora de dar à luz. Porém, nascida a criança, a aflição passada já não tem importância. Da mesma forma, na morte de Jesus, os discípulos seriam tomados de uma breve tristeza, mas, ao terceiro dia, Jesus venceria a morte. A ressureição encheria o coração dos discípulos de uma alegria que ninguém poderia tirar. 

A experiência de uma breve tristeza seguida de eterna alegria se aplica a todos que confiam em Jesus. Na presente vida, os discípulos de Cristo vivem uma história de tristeza com apenas alguns capítulos alegres. Tendo sido “escolhidos” do mundo, eles têm uma nova vida e uma nova perspectiva da realidade. Seu prazer neste mundo nunca vai além do prazer experimentado por um peregrino que, em momentos de descanso, renova suas forças para continuar a dura jornada. Por enquanto, os servos de Cristo, não têm descanso, nem conforto, nem habitação permanente, pois seguem Aquele que não tinha sequer onde reclinar a cabeça (Lc. 9:58). Nessa condição, é normal que a tristeza pese sobre o coração dos servos de Cristo. Contudo, logo a aflição será esquecida, quando raiar o glorioso dia do encontro com o SENHOR.

Não deixe que os prazeres deste mundo passageiro roubem a alegria da vida eterna. Não seja imediatista na busca de prazer e de alegria. É muito mais sábio, no presente momento, suportar a tristeza e a privação, tendo a certeza de que, como disse o SENHOR Jesus, “agora vós tendes tristeza; mas outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar” (João 16:22).

Em 1Coríntios 15:19, está escrito: “Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” Graças a Deus, esse não é o caso. Crendo em Cristo, nossa esperança não se limita a esta vida. Assegurados pela ressurreição do SENHOR, em breve, desfrutaremos a verdadeira alegria. Em Salmos 16:11, Davi afirmou: “T_u me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente_.” 

Você está certo de que gozará também essa alegria eterna? Se não, aproveite a oportunidade de estar ouvindo essa mensagem. Pare um instante, confesse seus pecados ao SENHOR, peça misericórdia a Ele, e ponha em Cristo toda sua confiança. Esse é o verdadeiro caminho para a alegria eterna, pois a Escritura diz em Romanos 10:13: “Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.”