Os Achados e perdidos no Evangelho
“Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. E murmuravam os fariseus e os escribas, dizendo: Este recebe pecadores e come com eles.” (Lucas 15.1–2)
O aeroporto LAX em Los Angeles não é o melhor lugar para quem está com pouco tempo para embarque. Infelizmente esse era o meu. Assim que meus objetos cruzaram o raio x, acomodei sapatos, cinto e computador debaixo dos braços e procurei um cantinho onde pudesse me calçar e sair correndo em direção ao portão de embarque. Felizmente consegui embarcar, mas, depois de mais ou menos uma hora de vôo, descobri que, na pressa, havia esquecido o computador no chão, no local onde havia me calçado. Mesmo sem acreditar que pudesse reavê-lo, o mais cedo possível liguei para o setor de achados e perdidos do aeroporto. Um computador deixado no chão de um dos aeroportos mais movimentados do mundo era praticamente uma causa perdida. Mas, para minha alegria, alguém o havia achado. Assim que retornei, consegui reavê-lo com alegria.
O capítulo 15 do evangelho de Lucas é conhecido como o setor de achados e perdidos da Bíblia. O motivo para tal designação é que, nesse capítulo Jesus conta três parábolas sobre algo ou alguém que estava perdido e foi achado. Ele fala da ovelha perdida, da moeda perdida e dos filhos perdidos.
Jesus contou essas parábolas em resposta à murmuração dos fariseus e escribas, que diziam: "Este recebe pecadores e come com eles”. Para os fariseus, o fato de Jesus se aproximar de pessoas impuras e comer com elas era algo inadmissível.
Os eventos narrados em Lucas 15 se localizam no final do ministério de Jesus. Ou seja, já havia três anos desde que o Filho de Deus iniciara Seu contato com ‘publicanos e pecadores'. A essas alturas já era notório o interesse de Jesus naqueles que eram desprezados pelos que se julgavam justos. Eles simplesmente não podiam imaginar o Messias recebendo pecadores e comendo com eles. Tal aproximação, conforme a seita dos fariseus, causava contaminação. Se Jesus fosse o Filho de Deus, pensavam eles, não deveria chegar tão perto dos pecadores, mas procurar os santos e puros dentre os judeus.
De fato, Jesus tinha real interesse naqueles que eram isolados por causa das regras cerimoniais da religião judaica. Os coxos, cegos, pobres e doentes, segundo o entendimento dos líderes religiosos, eram pessoas que estavam, de alguma forma sob a maldição divina. Se alguém sofria de cegueira, por exemplo, deveria ser por causa do seu próprio pecado ou do pecado dos seus pais, como vemos em João 9.1-2. Por isso, os fariseus evitavam tais pessoas, e, por esse mesmo motivo, Jesus se aproximava delas.
Enquanto os fariseus, com seu senso de justiça e bondade próprias, se aproximavam de Jesus para reprová-lo, os pecadores vinham para ouvi-lo. Os fariseus se achavam sadios, ao passo que os publicanos e pecadores se achavam doentes espiritualmente. Este estavam em muito melhor condição do que aqueles, pois Jesus disse: “Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes; não vim chamar justos, e sim pecadores” (Marcos 2.17).
Se você se acha perdido, espere um pouco. Vamos seguir juntos em Lucas 15 e veremos que “… o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10).
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos11.36).
Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, visite o canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.