O caminho do arrependimento
“Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.” (Lucas 15.17–19)
Por mais distante que tenhamos ido na nossa fuga de Deus, o caminho de volta está sempre aberto quando estamos dispostos a agir como uma pessoa verdadeiramente arrependida.
O caminho do arrependimento começa internamente, quando o pecador cai em si, sendo capaz de enxergar a seriedade do seu pecado depois de superar o seu ilusório encantamento. Com a volta do discernimento, chega também a tristeza por ter sido rebelde contra o Pai. Esse movimento espiritual interno que inclina o coração em direção a Deus é o primeiro passo. Mas, certamente, não é o fruto completo do arrependimento. Tristeza, por si só, não resolve o problema. Judas ficou entristecido por ter traído o SENHOR, contudo, na realidade, não estava arrependido. O apóstolo Paulo fala da tristeza segundo o mundo e da tristeza segundo Deus. Esta nos renova para a vida, aquela apenas gera remorso e conduz à morte (cf. 2Coríntios 7:10).
Os pensamentos, atitudes e ações do filho pródigo mostram claramente as evidências de um coração verdadeiramente arrependido. Depois de reconhecer sua rebeldia, o jovem se prepara para confessar sua transgressão sem desculpas e sem justificativas… “Pai, pequei contra o céu e diante de ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores”. Sendo um judeu, o jovem, evita pronunciar o nome de Deus. Por isso, diz que “pecou contra o céu”. Antes de tudo, o pecado é contra Deus, o Pai celeste. Em seguida, o jovem se dispõe a confessar seu pecado contra o pai da terra. Além disso, ele sabe que o pecado gera consequências dolorosas. E ele não quer fugir delas. Sua maior recompensa é o alívio que resulta da confissão e do perdão do pecado. Ele quer ter certeza de que recebeu o perdão de Deus e do pai. Na sua correta avaliação, ele perdeu o direito de ser tratado como um filho. Ele não está reivindicando nada. Ser recebido apenas como um escravo já seria uma grande recompensa, pois indicaria que o pai o havia perdoado.
O filho pródigo estava realmente voltando a si. Seus pensamentos, desejos e alvos não eram mais os mesmos. Uma página triste da sua vida estava sendo virada. Todavia um passo essencial que faz parte do arrependimento ainda estava por acontecer: “levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai”. Os pensamentos podem ser bons, e o plano, recomendável, mas era preciso se levantar e agir. Por isso, depois da mudança interna e do abatimento na alma, o filho pródigo, “levantando-se, foi para seu pai” (Lc 15.20). É certo? Então faça. Pecou contra alguém? Confesse e peça perdão! Está arrependido? Levante-se e faça o que deve ser feito.
Quando entendemos realmente a seriedade do nosso pecado, não nos importamos com o preço que pagaremos para nos livrarmos do peso da culpa. Eu pequei, estou em falta. O arrependimento verdadeiro não me deixa ficar onde estou. E, assim, no tempo mais breve possível, eu me levanto, confesso o meu pecado e o deixo. Afinal, a Bíblia diz: “O que encobre as suas transgressões jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” (Provérbios 28.13)
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos 11.36)
Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, visite o canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.