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Um pai sempre presente

“Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai… ” (Lucas 15.17–18a).

Completamente dominado por seu ilusório sonho de liberdade, o filho pródigo resolveu desfazer-se de todos os referenciais da sua existência. E, para atingir esse alvo de auto-destruição, o jovem precisa se livrar daquilo que, de alguma, lhe mantém ligado a sua comunidade, a sua família e sua história. Mas, acima de tudo, para ter certeza de que assumira o pleno controle da vida, o jovem precisava se livrar do seu pai.

Numa sociedade em que a figura do pai era reverenciada com a máxima honra, para selar o rompimento definitivo com o pai, o filho pródigo lhe fez sofrer a máxima desonra. Sem mostrar o menor respeito por sua história familiar, o jovem exige sua parte na herança e, imediatamente, trata de transformar os bens em dinheiro. Movido pelo incontrolável desejo de fugir para uma terra distante, o jovem, certamente, não vendeu a herança por um preço justo. Ele não havia se esforçado por ela e, acima de tudo, estava apressado. Assim, depois de receber e vender um terço da propriedade do pai, o filho pródigo está pronto para partir.

De fato, ele partiu, mas não conseguiu se livrar do pai. E não era porque não quisesse. Ele bem que que desejou que seu pai tivesse morto. Fez o possível para aniquilar qualquer laço que os mantivesse próximos. Mas o amor do pai era maior que a revolta do filho.

É somente por causa do Seu amor e graça que Deus não deixa o pecador se distanciar dEle. Evidentemente, há muitos que tentam desesperadamente se livrar de Deus. Mas o SENHOR, movido por Sua misericórdia, simplesmente não lhes permite apagar completamente as pegadas que lhes ajudarão a fazer o caminho de volta. Em Eclesiastes 3:11, lemos: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Eclesiastes 3.11). A presença do Deus eterno está indelevelmente impressa na alma humana. O homem bem que tenta se livrar de Deus e alguns, à semelhança do filho pródigo, já chegaram a declarar que Deus está morto. Tudo em vão! As marcas do criador estão impregnadas na criação. A obra não pode se livrar do seu artista.

Foi essa dificuldade em se distanciar do pai que salvou o filho pródigo e também nos salva. Jamais, nesta vida, vamos nos livrar do Deus que nos criou e nos mantém. Mesmo os que fogem da vida e tentam se refugiar na morte, não conseguirão fugir de Deus, pois “… aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hebreus 9.27).

A verdade é que o amor do Pai nos persegue. Por isso o profeta Isaías disse: “Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.” (Isaías 55.7)

"Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).

Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, inscreva-se o canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.