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Um pai misericordioso

Enquanto lamentava a destruição de Jerusalém pelo exército da Babilônia, o profeta Jeremias não tinha dúvidas de que, se Deus retribuísse ao povo na medida exata da sua iniquidade, as coisas poderiam ser bem piores. Por isso, apesar da grande dor, o profeta declara: “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.” (Lamentações 3.22–23)

Quando o filho pródigo retornou carregado de culpa e vergonha, foi a misericórdia do pai que fez toda diferença. O pai tinha todo o direito de bani-lo para sempre da família, pois era esse o desejo do filho claramente expresso em palavras e ações. Todavia, em vez de receber o juízo merecido, o jovem recebeu o amor imerecido. Em vez de ser tratado como um mero empregado, o jovem foi aceito como um filho amado.

No retorno do filho, Jesus ilustra duas bênçãos preciosas que podemos receber das mãos de Deus quando nos arrependemos. Em primeiro lugar, não recebemos o que merecemos. Isso é misericórdia. Segundo, recebemos o que não merecemos. Isso é graça. O juízo merecido é retido. O amor imerecido é concedido.

É dessa maneira que Deus trata todo pecador arrependido que se volta para Ele. Não temos nenhum direito de ser aceitos pelo Pai. Por nossa livre escolha, resolvemos nos separar de Deus. Desprezamos Seu amor e fomos para longe d’Aquele que nos criou e nos mantém vivos. Seguimos nosso caminho como se o Pai estivesse morto. No máximo, tentamos nos consolar por meio de religiosidade, de misticismo ou de frases de efeito. Nosso relacionamento com Deus, muitas vezes, limita-se a pedir Sua ajuda quando nos achamos em aperto. Todavia buscá-l’O verdadeiramente, isso não queremos. Conhecê-l’O por meio da Sua Palavra não nos atrai. De fato, “como está escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há quem faça o bem, não há nem um sequer.” (Romanos 3.10–12).

Apesar disso, o Pai enviou Seu Filho para morrer pelos nossos pecados. Como o pai amoroso da parábola, Deus mesmo assumiu a dor e a vergonha da nossa rebelião na Pessoa do Seu amado Filho. Pelo sacrifício na cruz, Deus abriu o único caminho que pode nos trazer de volta a Ele.

Lembremo-nos: nossa ofensa contra o Pai é muito maior do que pensamos. Demos-Lhe as costas e andamos após a nulidade dos ídolos e fantasias do nosso coração corrompido. Já fizemos o bastante para sofrer o castigo eterno. E, se esse castigo já nos tivesse sido aplicado, estaríamos recebendo apenas o justo salário do nosso pecado. Mas Deus é cheio de graça e de misericórdia. Pacientemente nos aguarda e, cada manhã, nos livra da Sua ira, oferecendo-nos uma nova chance de voltar para casa. Certamente, temos ido longe demais no nosso pecado; contudo, se você está ouvindo essa mensagem, é porque o Pai continua o esperando, afinal “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade.”

Está na hora de voltar para casa!

"Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).

Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, inscreva-se o canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.