Reconciliando-se com o Pai
A parábola do pai amoroso e seus dois filhos perdidos termina com uma cena impressionante: O pai, que ao longo da história tem sido desprezado e desonrado publicamente, sem levar em conta seu direito de exigir respeito, aproxima-se do filho irado a fim de conciliá-lo, conforme lemos na em Lucas 15.28: “… saindo, porém, o pai, procurava conciliá-lo".
Entre os muitos significados do verbo “conciliar” na língua original, alguns se destacam, por exemplo: encorajar, defender, apelar, exortar ou confortar. Jesus usou a forma substantiva do verbo para designar o Espírito Santo, a Quem Ele chamou de “o Consolador” em João 14.16. Ao descrever o pai insistindo com o filho iracundo, vemos a paciência e a humildade desse pai amoroso, que não leva em conta a frieza e a ingratidão com que está sendo tratado, porém apela para que o filho caia em si e, à semelhança do filho pródigo, seja também reconhecido como um perdido que foi achado ou como um morto que reviveu.
Parece estranho que o pai precise se reconciliar com o filho. Entretanto, esse fato apenas atesta que nem todo o que se chama filho pode, com propriedade, receber esse título. Os fariseus, que estão representados no filho mais velho, por causa da sua tradição religiosa, orgulhavam-se de serem verdadeiros filhos de Deus. No entanto, a esse respeito, Jesus, claramente, negou a possiblidade de alguém se tornar filho de Deus por observar preceitos religiosos, quaisquer que sejam. Em João 8.42, falando com os fariseus, conhecedores da Lei de Moisés, os quais também eram rigorosos na observância das tradições religiosas, Jesus disse: “Se Deus fosse, de fato, vosso pai, certamente, me havíeis de amar…”. Ou seja, alguém pode se julgar filho de Deus, sem, na realidade, fazer parte da família de Deus.
Sem dúvida, o filho mais velho representa os fariseus, mas também representa a todos nós. Externamente, temos a aparência de filhos de Deus, e até nos consideramos como tais. Por meio de certos mecanismos religiosos ou de condicionamento social, acostumamo-nos com a ideia de que Deus é o Pai de todos. Assim como o filho mais velho, todos fomos gerados pelo Pai eterno, contudo, no coração, podemos estar longe de ter o relacionamento com Deus que seria próprio de um verdadeiro filho.
É difícil admitir, no entanto a Bíblia diz que todos nós, em nosso estado natural, estamos separados de Deus, pois “… as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isaías 59.2). Em Romanos 5.10, Paulo afirma que, antes de conhecermos a Cristo, éramos inimigos de Deus e precisávamos ser reconciliados com Ele.
Se você ainda não teve o encontro transformador com Cristo, escute essa mensagem como mais uma tentativa amorosa do Pai do Céu em direção à sua reconciliação com Ele. Como embaixador de Cristo, junto com todos os verdadeiros pregadores do evangelho, “… Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2 Coríntios 5.20).
Mais um final de semana… mais uma oportunidade dada pelo Pai. Neste domingo, procure uma igreja que pregue o evangelho. A fé vem pelo ouvir. Este final de semana pode ser a data da sua reconciliação com Deus… haverá alegria na Terra e uma maravilhosa festa no Céu.
Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos11.36).
Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, visite o canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom final de semana na presença do SENHOR.