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A vida que brota da morte

Em João 11:4, Jesus declara que a enfermidade de Lázaro não seria para morte, “…e sim para a glória de Deus, a fim de que o Filho de Deus seja por ela glorificado”. Se continuarmos lendo o relato, poderemos cair em certa confusão, uma vez que, como bem sabemos, Lázaro morreu em decorrência daquela enfermidade. Considerando que Jesus estava em um local distante de Betânia cerca de um dia de jornada, quando o mensageiro O encontrou, Lázaro já havia morrido. Como, pois, Jesus diz que a doença não era para morte, se Lázaro já tinha morrido?

Não podemos esquecer que, por meio desse evento, Jesus vai mostrar Seu poder tanto sobre a morte física quanto sobre a morte espiritual. Pelo milagre da ressurreição de Lázaro, Jesus revela Sua natureza divina, devido a Sua capacidade de restaurar a vida física a um homem morto há quatro dias. O texto diz que, ao receber a notícia da doença de Lázaro, mesmo sabendo de que seu amigo estava morto, Jesus ainda se demorou dois dias onde estava. O SENHOR não precisa correr para evitar a morte. Jesus segue tranquilamente o plano do Pai, o Qual tem um tempo determinado para todas as coisas, inclusive para vencer o poder da morte. A doença de Lázaro vai levá-lo à morte, mas isso não significa que a doença tem a morte como alvo final.

Por outro lado, Jesus sabia quantas bênçãos espirituais viriam decorrentes desse evento triste. É notável o que Jesus disse aos apóstolos: “… Lázaro morreu; e por vossa causa me alegro de que lá não estivesse, para que possais crer…” (João 11.14–15). Apesar dos muitos sinais feitos por Cristo, os apóstolos, bem como os judeus, tinham dificuldade em admitir que Jesus era o Messias prometido desde o Éden. Assim, por meio desse milagre, que será o último feito publicamente antes da Sua morte, Jesus está feliz porque os discípulos poderão subir mais um degrau na escada da verdadeira fé. Jesus esperou a situação chegar a um ponto sem volta, deu à morte a liberdade de dominar por quatro dias para, enfim, vencê-la completamente e, desse modo, ajudar Seus discípulos a vencer a incredulidade.

O Evangelho de João poderia ser chamado de um relato histórico interpretativo da Pessoa de Jesus. João selecionou apenas sete sinais ou milagres, sendo a ressurreição de Lázaro o último deles. No final do evangelho, João diz o que o motivou a relatar os sete milagres presentes no seu livro. “Na verdade,” diz o apóstolo, “fez Jesus diante dos discípulos muitos outros sinais que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20.30–31).

Por causa desse propósito por trás dos sinais, podemos entender a “estranha” alegria de Jesus com a morte de Lázaro. Sua satisfação não era porque Lázaro morrera, mas porque muitos iram crer n’Ele motivados pela evidência do Seu poder. E assim, como João disse diretamente, os que cressem em Jesus teriam vida em Seu nome. A fé em Cristo é a vitória que vence a morte, pois Ele disse: “… Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?” (João 11.25–26)

Você crê nisso?

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).

Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.