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A diferença entre a declaração de fé e a confiança da fé

Os sete sinais selecionados por João foram escolhidos com um propósito bem claro: “…para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20.31). O registro da história da ressurreição de Lázaro precisa ser estudado levando em conta esse propósito motivador do autor do evangelho. De fato, no final do capítulo 11, João diz que muitos “....vendo o que fizera Jesus, creram nele” (Jo 11.45).

A batalha entre a crença e a descrença foi travada no coração de muitos que testemunharam o milagre da ressurreição de Lázaro, mas o primeiro campo de batalha desse intenso e importante conflito espiritual foi o coração de Marta, irmã de Lázaro.

Ao encontrar-se com Jesus, Marta declara crer que o Pai atenderia ao Filho, independentemente daquilo que fosse pedido pelo Filho. Com ousada confiança ela afirmou: “Mas também sei que, mesmo agora, tudo quanto pedires a Deus, Deus to concederá” (João 11.22).

A continuação do diálogo entre Jesus e Marta mostra que, nem sempre, a fé expressa em palavras tem a confiança correspondente no coração. Por isso, quando Jesus respondeu: “Teu irmão há de ressurgir”, Marta reagiu dizendo: “Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia”. Marta era capaz de crer que, no tempo da futura ressurreição dos justos, seu irmão iria ressurgir, contudo, em se tratando da possiblidade de ver seu irmão ressuscitado, imediatamente, depois de quatro dias morto, ela já não estava tão certa. Para ajudar Marta a vencer sua fé limitada, Jesus afirmou que a ressurreição e vida não são apenas atos poderosos que Ele poderia realizar, mas era algo que se sustenta por causa daquilo que Ele é. Jesus não está dizendo que vai fazer a ressurreição ou dar a vida, mas que Ele próprio é a ressurreição e a vida. Ou seja, a volta à vida está ao Seu inteiro dispor. Em João 6, Jesus promete que vai ressuscitar, no último dia, a todos que o Pai trouxer a Ele. Mas aqui, Ele está dizendo a Marta que Ele é capaz de realizar, imediatamente, a ressurreição do seu irmão, Lázaro.

Sabemos que Deus é poderoso, mas, às vezes, não achamos que Ele seja, realmente, poderoso para fazer “… infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós…” como Paul disse em Efésios 3.20. Aparentemente, esse era o problema de Marta. Entretanto, a parte admirável do diálogo é a reação de Marta às palavras incríveis que ela acabara de ouvir. Ao escutar o próprio Jesus se apresentando como a ressurreição e a vida, Marta fez uma das mais belas declarações de fé que encontramos nos Evangelhos. Quando Jesus Lhe perguntou diretamente: “Crês isto?”, Ela disse: “Sim, Senhor… eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo” (João 11.27). A partir desse ponto, Jesus não precisou continuar o diálogo com Marta, pois ela, finalmente, havia resolvido a incoerência entre afirmar que Jesus é o Messias, e, verdadeiramente, acreditar que Ele é o Messias, o Filho de Deus, que fora prometido.

Há muitos que afirmam crer que Jesus é o Salvador, mas não chegam ao ponto de confiar somente nEle para sua salvação. Se este é o seu caso, escute essas palavras proferidas pelo apóstolo Pedro: “E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos.” (At. 4.12)

Cristo pode fazer por você além do que você pode pedir ou pensar? Cristo pode livrá-lo da perdição eterna! Você crer nisto?

Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).

Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para . Tenha um bom dia na presença do SENHOR.