Listen

Description

As palavras de Jesus em João 11.25-26 estão entre as mais conhecidas dos evangelhos, pois, nesses versículos, Jesus disse à Marta: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá; e todo o que vive e crê em mim não morrerá, eternamente. Crês isto?”.

Se levarmos em consideração o significado dessas declarações, facilmente poderemos perceber por que João 11.25-26 é tido em tão alta conta entre os que creem no evangelho ensinado pelos apóstolos de Jesus.

Como bem sabemos, uma das doutrinas fundamentais da fé cristã é a doutrina da ressurreição. O apóstolo Paulo, refletindo sobre essa doutrina, afirmou: “Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados” (1Coríntios 15.16–17). Aqui, Paulo está ensinando a igreja a ficar alerta em relação a doutrinas que negavam a ressurreição, as quais, no primeiro século, estavam sendo disseminadas na igreja de Corinto. Por isso, Paulo escreveu o capítulo quinze da primeira epístola aos coríntios, o mais longo e elaborado tratado acerca do assunto que podemos achar em toda a Bíblia. Nesse capítulo, o apóstolo aos gentios escreve, sob inspiração divina, que a doutrina da ressurreição é um dos fundamentos da fé cristã. Se retirarmos a ressurreição, a nossa fé fica desprovida de sua essência, perde completamente sua substância, fica descaracterizada, pois a afirmação de que Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia está no coração da pregação apostólica. Sem a crença na ressurreição não existe evangelho. Na sua argumentação, Paulo chega ao ponto de afirmar: “E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé…” (1Coríntios 15.14). Segundo as Escrituras, qualquer doutrina que não tenha a ressurreição como um dos seus fundamentos não pode ser considerada como pertencente ao cristianismo. E, de acordo com o ensino do Novo Testamento, quem não prega a ressurreição não pode ser considerado pregador do evangelho.

Se tal é verdade, podemos perceber um aspecto singular da fé Cristã que a diferencia das demais crenças. Quando pensamos nas religiões, em geral, a primeira coisa que nos vem à mente são os artigos de fé que as sustentam. Seus fundadores podem até ser figuras reconhecidas, contudo, de modo geral, suas doutrinas são aceitas, apesar de quem as propõe. Em muitos casos, para que determinada religião possa ter adeptos, suas doutrinas precisam ser abraçadas, enquanto seus proponentes necessitam ser deixados de lado. De fato, para que certas seitas e religiões continuem a existir, é necessário esquecer seus fundadores e se apegar exclusivamente à doutrina que foi ensinada por eles. Se fosse possível ouvir as pessoas que deram início a tais religiões, em quase todos os casos, iríamos ouvi-los dizer: “Façam o que eu digo, mas não façam o que eu fiz; sigam o que eu disse, mas não sejam o que fui”.

No caso do cristianismo, é bem diferente. Pois, embora seja certo que o cristianismo tem seus preceitos e doutrinas, sua sustentação, em última análise, depende de uma pessoa: a Pessoa de Cristo. Retire-se a doutrina da ressurreição, e o cristianismo perde sua essência; retire-se Cristo, e a doutrina da ressurreição perde seu valor. Mais do que a pregação de Cristo, a fé cristã é a manifestação do próprio Cristo. A salvação não vem por conhecermos a doutrina de Cristo, mas, a Pessoa de Cristo. Você O conhece?

“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).

Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.