A expectativa da ressurreição
No Evangelho de João, capítulo cinco, enquanto explicava Sua missão, Jesus afirmou: “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão…” (João 5.28).
O que as pessoas viram, no dia em que Jesus ressuscitou Lázaro, foi uma antecipação misericordiosa da ressurreição dos últimos dias. Esse milagre foi mais uma forma pela qual o SENHOR Jesus procurou vencer a incredulidade dos judeus quanto à Sua Pessoa. Por isso, diante de uma multidão de curiosos, Jesus orou em voz alta, dando graças ao Pai por tê-l’O ouvido. Ou seja, antes de chegar ao túmulo de Lázaro, Jesus já havia falado com o Pai acerca da situação e já conhecia a resposta positiva ao Seu pedido. Entretanto, para que os presentes tivessem mais uma evidência inegável de que Jesus era o Messias, Ele orou em voz alta e reiterou Sua confiança naquilo que sabia ser a vontade do Pai. Embora a ressurreição de Lázaro tenha sido um milagre cheio de significado em si mesmo, a possiblidade de alguns virem a crer em Cristo era ainda mais significativa. A ressurreição de Lázaro acrescentaria alguns anos de vida àquele que estivera morto fisicamente; a crença em Cristo resultaria em vida eterna aos que estavam mortos espiritualmente.
Uma característica sempre presente na forma como Jesus realizava Seus milagres era a discrição. De acordo com a profecia de Isaías, o Messias não se ocuparia em contender, gritar ou fazer ouvir Sua voz nas praças (Mat. 12.19). Publicidade não estava na Sua agenda. No entanto, no caso de Lázaro, João diz que Jesus “clamou em alta voz” não para o beneficio de Lázaro, mas para que as pessoas pudessem perceber o poder divino na voz do SENHOR Jesus.
A voz que, em Gênesis, criou todas as coisas, e pela qual tudo se mantém em existência, é a mesma voz poderosa que reavivou o corpo de Lázaro quando este já se achava em avançado estado de decomposição. Felizmente, a voz do SENHOR ecoa fortemente através dos séculos e chega aos nossos ouvidos por meio da Palavra de Cristo, a Sagrada Escritura. Apesar de ainda não podermos ver o milagre da abertura de túmulos pelo eco da voz de Jesus, o impressionante milagre da vida eterna atinge pecadores mortos em delitos e pecados todos os dias, como Paulo fala em Efésios, capítulo 2.
A passagem do tempo não reduz o poder da voz de Cristo. Quer sejam obedientes ou rebeldes, convencidos ou convertidos, submissos ou insubmissos ao evangelho de Cristo, a promessa continua valendo “… porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua voz e sairão…” (João 5.28).
Conforme as Escrituras, a ressurreição está no caminho de todos os homens. No entanto, nem todos ressuscitarão para o melhor, pois, segundo o profeta Daniel, “Muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para vergonha e horror eterno” (Daniel 12.2).
Qual a sua expectativa para a futura ressurreição? Salomão diz que nenhum homem “tem poder sobre o dia morte; nem há tréguas nessa peleja” (Eclesiastes 8.8). Um dia, todos ouviremos a poderosa voz de Jesus, chamando-nos de volta à Sua presença por meio da ressurreição. Para que aquele dia não venha sobre nós como um terror, aceitemos, hoje mesmo, o convite de Cristo, que nos diz: “Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (João 10.28). A ressurreição se encontra no futuro; a vida eterna é oferecida no presente.
“Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).
Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Tenha um bom final de semana na presença do SENHOR.