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O Verbo de Deus

Não existe nada neste mundo que possa ser tão grandioso, motivador e compensador quanto conhecer a Deus. Falando por meio do profeta Jeremias, o próprio Deus disse: “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o Senhor e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9.23–24). Saber que o SENHOR é Deus e ter conhecimento da Sua vontade e dos Seus atributos é muito mais valioso e compensador do que toda sabedoria, força e riqueza deste mundo.

Todavia, de nada valeria saber da importância do conhecimento de Deus, se tal conhecimento não nos fosse acessível. Por isso, sabendo da nossa incapacidade de conhecê-l’O por nós mesmos, Deus, movido por misericórdia, resolveu se revelar a nós por meio do seu Filho, Jesus Cristo.

Essa é a razão pela qual Jesus é chamado de “o Verbo de Deus”. Quando João abriu seu evangelho usando o vocábulo “Verbo” ou “Palavra” para se referir a Cristo, ele estava usando um termo bastante conhecido na filosofia grega que significava o princípio impessoal da mente ou da razão divina. Também era usado com o sentido de sabedoria perfeita.

Com o propósito de alcançar tanto gregos quanto judeus, João pegou emprestado esse conceito da filosofia grega, revestindo-o inteiramente com um significado fundamentado no Antigo Testamento e no ensino cristão. A palavra, o logos ou a sabedoria, segundo os gregos, era algo impessoal e inatingível, mas a Palavra de Deus, como manifestada em Gênesis 1, por exemplo, é ativa em trazer à existência todas as coisas, inclusive o homem. Em Provérbios, a Palavra de Deus pode ser definida como a onipotente autoexpressão do SENHOR na criação, na sabedoria que encanta nossa mente e na revelação. O Verbo divino, acerca do Qual os gregos tinham apenas uma vaga noção, na plenitude dos tempos estabelecidos pelo Pai, “se fez carne e habitou entre nós” – Jesus Cristo, o Verbo de Deus, a expressão exata do ser de Deus, o perfeito resplendor da Sua glória, como lemos em Hebreus 1:3.

Portanto, quando lemos em João 1:1 acerca do Verbo, o Espírito Santo está preparando nossa mente e coração, a fim de olharmos para o Filho de Deus, Jesus Cristo, como o Único que pode nos revelar perfeitamente quem é Deus e pode nos conduzir de volta ao encontro com o Pai celeste. Tudo com Cristo, nada sem Ele, “porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem” (1Timóteo 2.5).

Por causa de quem Cristo é, por causa da Sua morte, ressurreição, ascensão e exaltação à direita do Pai, e por causa da certeza da Sua volta, “… pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus” (1Co 1.24) a todos os povos.