A mais perdida das batalhas
Notícias recentes dão conta de que a China está voltando a reprimir, com dureza, toda e qualquer expressão da fé cristã dentro do seu território. Pastores e líderes têm sido presos; igrejas, destruídas; e cultos, proibidos. Esta semana, o regime comunista ateu da China decretou que está proibido o ensino do cristianismo a qualquer pessoa abaixo de dezoito anos de idade.
A luta para fazer calar a pregação da fé em Cristo é antiga. Desde o seu nascimento, o cristianismo floresceu debaixo de ferrenha perseguição. Como sabemos, os alicerces do edifício da fé cristã foram lançados sobre o sangue derramado de Cristo, que é a Cabeça e Pedra Angular da igreja. Por isso, quando o império romano decidiu acabar com a fé no Senhor Jesus por meio da tortura dos crentes, o resultado foi que, não somente a fé não acabou como ficou ainda mais forte, pois, como jantou dito no passado, “o sangue dos mártires é a semente da Igreja”.
Em João, capítulo sete, durante uma festa judaica, os fariseus e os principais sacerdotes, ressentidos porque Jesus estava ensinando às multidões em Jerusalém, enviaram guardas para prendê-l’O. Porém, para surpresa das autoridades religiosas, os guardas foram ao encontro de Jesus, ouviram Seus ensinos, porém não o prenderam. Irados com o descumprimento da ordem, os fariseus perguntaram aos guardas: “Por que não o trouxestes?” Os guardas responderam: “Jamais alguém falou como este homem” (João 7:46). Jesus era diferente tanto na forma quanto no conteúdo da Sua mensagem. Todos que O ouviam ficavam tocados pela verdade divina que jorrava dos Seus lábios. A Sua palavra nunca voltava vazia.
Já são mais de dois mil anos desde que Jesus começou a arrebanhar os primeiros seguidores do Caminho. Humanamente falando, tudo começou em um vilarejo insignificante, por meio da pregação do filho de uma camponesa. Até os trinta anos, Ele era um carpinteiro. Então, por três anos, tornou-se um pregador itinerante. Não tinha grau acadêmico, nunca escreveu um livro, não tinha casa, nunca se afastou sequer trezentos quilômetros do lugar onde nasceu. Acusado falsamente, por seus inimigos, foi crucificado entre dois ladrões. Na sua morte, seus executores sortearam suas roupas – seus únicos bens neste mundo. Seu corpo foi posto na sepultara emprestada de um amigo. Desde então, muitas águas através dos séculos já passaram sob a ponte do tempo, e, hoje, Ele é a figura central da raça humana. Seus discípulos estão espalhados em toda a superfície deste mundo e, n’Ele, encontram motivação, a fim de viver para Ele, e coragem, para morrer por Ele.
Através dos séculos, reinos e impérios têm se levantado contra a Rocha Eterna. Entretanto todos se esmiuçaram, e o vento os levou. A Rocha, contudo, continua firme como sempre esteve e, em Seu Nome, tem sido pregado o evangelho em todas as nações.
Em vão, o regime totalitário chinês, com seus setenta anos de existência, tem se empenhado para impedir que Cristo seja adorado pelos chineses. Quando o terrível Mao Tsé-Tung decretou o extermínio dos crentes e das Bíblias após a revolução civil comunista, o ditador fez tudo para atingir esse alvo, porém, Mao já não existia quando foi possível uma contagem para saber o que havia restado da Igreja e as estatísticas apontaram que o número de cristãos na China havia subido de quatro milhões para cem milhões. Literalmente, o tiro saiu pela culatra e, por mais irônico que possa parecer, Mao Tsé-Tung terminou sendo um grande evangelista, embora a contragosto.
Os impérios antigos e modernos passaram. A China também vai passar. Porém a igreja de Cristo prevalecerá, porque lutar contra Deus é uma batalha perdida.
"Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Romanos 11.36).
Eu sou Jenuan Silva Lira, pastor da IBBP - Fortaleza. Este foi mais um episódio de “A Semente”. Para entrar em contato, escreva para asemente@ibbp.org. Para sermões e estudos dados na nossa igreja, inscreva-se no canal da IBBP no Youtube. Tenha um bom dia na presença do SENHOR.