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por: Ennio Gomide dos Santos / 

“Enquanto Jesus ainda falava, eis que chegou uma multidão. E um dos doze, que se chamava Judas, vinha à frente deles e se aproximou de Jesus para o beijar. Jesus, porém, lhe disse: — Judas, com um beijo você trai o Filho do Homem?” (Lucas 22.47–48 NAA)

Qual era a expectativa de Judas com relação a Jesus não sabemos ou se foi somente um ato de ganância. Não importa, mas o que podemos observar é que Judas agiu na carne, segundo os seus sentimentos e desejos. Ninguém o empurrou para isso, foi uma decisão que ele tomou de trair. E não só isso, traiu pela maneira que a tradição, é a demonstração de confiança e fidelidade... e ele traiu com um beijo. Será que não temos feito o mesmo? Será que não estamos traindo o Filho do homem por menos que um beijo quando corremos atrás dos nossos desejos e não na busca do entendimento e conhecimento da vontade do Pai? Temos que refletir sobre nossas motivações e o que temos feito, para não agirmos como Judas e sermos religiosos ao ponto de condená-lo.

Somos capazes de criticar Judas por ter traído Jesus com um beijo, mas não importa se foi com algo menos que isso, pois foi um ato de traição. A questão não é o que Judas fez, mas o que nós estamos fazendo. Será que não estamos sendo tão traidores quanto ele? O que vemos em nossas atitudes? Qual o compromisso que temos revelado com o reino, com Cristo e com o Pai? Revermos nossas atitudes, motivações, nos conduzirão a entender que talvez, temos sido tão traidores quanto Judas, pois temos buscado as coisas deste mundo, não a vontade do Pai.