A primeira derrota é a psicológica. Não é só o placar que define a derrota de um time. A minha reflexão aqui não é sobre a técnica do técnico, mas sobre a liderança do líder neste evento.
O líder enquanto mestre não vira as costas para a dor dos seus.
Um líder que abandona seu time, e sua responsabilidade de acolhimento e encorajamento, provavelmente está vestido com a camisa do ego inflado ou ferido.
A decisão de não ter junto numa copa do mundo um profissional da psicologia, da saúde mental mostra a fragilidade e o descuido de um líder. Principalmente em um cenário pós pandemia.
Só quem já passou por sofrimentos psíquicos como ansiedade, depressão, compulsões e desordens sabe o quão importante é a presença de um profissional da saúde mental no processo de qualquer jornada saudável e de sucesso.
Por que o técnico da seleção brasileira não defendeu esta causa para si e para os seus?
Para muitos, o técnico, o líder é como um pai, uma mãe, um abrigo pra recorrer em tempos de tempestade.
Precisamos aprender com os mestres que fizeram história, como a arte da guerra que tanto gosto. Sun Tzu já dizia: “não são os soldados que perdem a guerra, mas sim seu general.”
O ego, a raiva, a soberba, o narcisismo dão espaço pra o abandono e para o abuso emocional.
Chorar com os que choram, abraçar os desamparados, acolher os que sofrem é nobreza, é liderança que inspira.
A dor é um sentimento individual, virar as costas pra a dor do outro é despreparo, é cruel, é a atitude menos esperada de alguém saudável, quanto mais de um líder.
Os meninos do campo, os craques brilharam muito, Neymar Júnior fez história como o Pelé, Richarlison fez todos rirem e dançarem como pombo, Thiago Silva foi um campeão e um baita líder em todas as partidas e todos os outros que vestiram a camisa verde e amarela em campo fizeram acontecer. Obrigado a todos reviver em nós a animação de ser Brasileiro!
Que nas próximas copas, tenhamos mais humildade, que a saúde mental seja tão importante quanto o preparo físico.