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Meu pai sempre buscou um brilho especial pra vida, trabalhou em muitos projetos, traçou muitos planos, sonhou com muitas idéias, nunca soube o que é conformidade, nem sossego.

Até hoje, o lado mais encantador nele é a paixão inesgotável que tem pelo que acredita, acho bonito...
Esse ano ele voltou a estudar, abriu um novo negócio, casou de novo (doido...rsss), mas ele acredita em tudo isso, continua sonhando, planejando, buscando e isso é o que faz dele feliz. Eu apoio e ajudo no que puder.

Herdei um pouco dessas coisas dele, mas controlo todos os dias a dosagem de expectativas, porque elas são proporcionais às possíveis decepções e, desse jeito, vai ficando mais fácil lidar com o que eventualmente não dá certo. Um pouco de desapego e indiferença não faz mal a ninguém... Pode até ser uma forma de se poupar.

Também diferente do meu pai, aprendi o privilégio de conseguir deixar algumas coisas pra lá. Se for importante, vou desprender uma dedicação maior, mas abandono fácil se perceber que não vale pena o sacrifício. É como se fosse uma noção de “custo benefício” pras coisas da vida.

Um dia alguém me disse:
- Quando eu te conheci fiquei observando como você desliga, como quem diz “não me incomode” vira pro lado e dorme, parece que o mundo pode cair.

E pode mesmo... Depois de cumprir com todas as obrigações do dia, depois de planejar, discutir, preparar e por em prática um monte de coisas e, nesse caminho, ainda brigar, ensinar, aprender e tudo o mais, eu quero mesmo é a minha paz e a liberdade de escolher se vou sair ou deixar o verão pra mais tarde.