A frase, bem humorada, já foi atribuída a vários autores, a de que envelhecer pode não ser grande coisa, mas que a alternativa é pior. Certo é que quanto mais o ser humano atrasa a fatalidade da morte, tem de lidar com outra certeza, a do envelhecimento. Ou seja, celebramos a conquista de viver mais, graças ao conhecimento e à ciência, mas não há como iludir as consequências, de ter lidar com mais doenças, de precisar de um rendimento alternativo ao trabalho durante mais tempo, de necessitarmos de quem cuide de nós. Naquele que já é hoje o terceiro país mais envelhecido da Europa, Portugal, vamos ao debate sobre se "é ou não é" possível envelhecer melhor.
São meus convidados a demógrafa Maria João Valente Rosa, professora na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, a economista Helena Sacadura Cabral, que completa em breve 89 anos, o médico Pedro Cantista, atual Presidente da Associação Portuguesa de Osteoporose, e à distância mas em permanência também o epidemiologista Henrique Barros,Presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, o jurista Ricardo Pocinho, que preside à Associação Nacional de Gerontologia Social e o psicólogo Óscar Ribeiro, professor na Universidade de Aveiro e que tem feito trabalho de investigação, entre outros, junto de pessoas com mais de cem anos.