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Por Joseph Schrijvers.

Amar a Jesus sinceramente é imitá-lo, é reproduzi-lo em si, é identificar-se com seus pensamentos, suas afeições, e sentimentos. É abandonar sua própria vida, para viver uma vida nova, a vida de Jesus. Quanto mais a alma consegue se fazer substituir por Jesus, tanto mais a imitação torna-se viva, profunda e verdadeira. Ela atinge sua perfeição quando o amor divino reina exclusivamente na alma, quando ele consegue expulsar até os últimos vestígios do egoísmo.

É preciso repetir sempre com humildade a oração que Jesus nos ensinou: "Venha a nós o vosso reino, e que ele se firme no meu coração".

Essa transformação é obra de Jesus. A alma coopera, não opondo resistência à ação do divino Mestre, cooperando com ele na medida da graça com a qual ele a favorece.

Se as almas fôssem dóceis e pacientes, Jesus concluiria infalivelmente sua obra em cada uma delas. Ele é o artista supremo; é o amigo fiel; é o Deus onipotente.

Mas em certas almas, Jesus não consegue reproduzir senão alguns traços da sua divina perfeição. Essas almas não vivem mais do que um dia, uma hora, um momento da vida de Cristo. Outras porém, chegam até à plenitude da idade.

Feliz daquele que deu a Jesus todos os seus bens, seu corpo e sua alma, todos os seus desejos, pensamentos e afeições. Que nada reservou para si, senão o cuidado de amá-lo sem partilha, e de cumprir sua santa vontade!