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Por Gabriel de Santa Maria Madalena.

O caminho que conduz a Deus não pode ser traçado, a não ser por Ele mesmo, pela sua vontade. Jesus proclamou isso com energia: "Nem todo aquele que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas sim aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus". E para mostrar que as almas que lhe estão mais unidas e que Ele mais ama são justamente aquelas que fazem a vontade de Deus, Ele não hesita em afirmar: "Todo aquele que fizer a vontade de meu Pai que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã, e minha mãe".

Foi na escola de Jesus que os santos se inspiraram. Santa Teresa de Jesus, depois de ter experimentado as mais sublimes comunicações místicas, não tinha receio de afirmar: "É claro que a suma perfeição não está nos dons interiores, nem nos grandes êxtasis, nem nas visões, nem no espírito de profecia. A maior perfeição está, isto sim, em ter a nossa vontade tão sitonizada com a de Deus, que assim que percebemos que Ele quer alguma coisa, nós também a queiramos com toda a nossa vontade, e o assumamos alegremente, sendo saboroso ou amargo".

Santa Terezinha do Menino Jesus fala no mesmo sentido: "A perfeição coniste em fazer a vontade do bom Deus, em sermos o que Ele quer que sejamos".

O verdadeiro amor a Deus consiste em aderir perfeitamente à Sua santa vontade, não querendo fazer nem ser nada na vida, senão aquilo que o Senhor quiser de cada um de nós, a ponto de nos tornarmos, por assim dizer, uma vontade de Deus viva.

Assim, a santidade é acessível a toda a alma de boa vontade. Uma alma que leva vida humilde e escondida, pode se alinhar com a vontade divina tanto ou até melhor do que o grande santo que tenha de Deus uma missão exterior e tenha sido enriquecido de graças místicas. Quanto mais as almas fazem a vontade de Deus e se alegram em cumpri-la, tanto mais perfeitas são.