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Meditações no Evangelho de João (60): A Necessidade de Ouvirmos o SENHOR JesusA confiabilidade de uma mensagem está diretamente ligada ao mensageiro. Assim, para motivar seus leitores a dar ouvidos às palavras do SENHOR Jesus, João disse: “Quem vem das alturas certamente está acima de todos; quem vem da terra é terreno e fala da terra; quem veio do céu está acima de todos” (João 3:31).Esse mesmo pensamento é apresentado no final do capítulo doze do Evangelho de João, onde encontramos um resumo do ensino de Jesus. Nessa passagem, Jesus, novamente, enfatiza Sua íntima ligação com o Pai, quando diz: “Quem crê em mim crê, não em mim, mas naquele que me enviou. E quem me vê a mim vê aquele que me enviou” (João 12:44-45). Tais declarações podem ser entendidas como uma forma desenvolvida da afirmação “eu e o Pai somos um”, que está escrita em João 10:30. Crer em Jesus é, em última análise, crer em Deus. Por isso, Jesus disse: “Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus” (João 3:36).Por ser o enviado de Deus, Jesus podia dizer: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8:12). Por essa razão, enquanto fazia um resumo do Seu ensino, Jesus declarou: “Eu vim como luz para o mundo, a fim de que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas” (João 12:46). A revelação geral de Deus na criação pode deixar margens para interpretações confusas à medida que os homens tateiam em busca da verdade do Criador. Porém, a revelação do Pai no Filho não deixa brechas para pensamentos inconclusos. O Filho é a exata expressão do Ser de Deus, que se fez homem e manifestou a glória do Pai por meio de obras e palavras. O problema da recusa do Filho se encontra na decisão dos homens de se manterem na perigosa conveniência das trevas. Em João 3:19-20, está escrito: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras.” Concluindo Seu ensino, Jesus chama nossa atenção para o fato de que, no último dia, Ele não terá muito o que acrescentar ao julgamento dos homens, pois o julgamento final será pautado naquilo que Ele falou e foi registado na Sua Palavra. Assim, todo aquele que foi exposto à luz de Jesus, refletida no Seu Evangelho, será indesculpável, pois o SENHOR declarou: “Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia” (João 12:48).Em Isaías 55:1-2, o profeta personifica a graça de Deus. Enquanto conclama os homens a se voltarem para Deus, a graça do SENHOR faz o seguinte convite: “Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite. Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.”Tendo sido criados por Deus, todos nós carregamos na alma um insaciável anseio pela eternidade. Iludidos pelo nosso coração corrompido, temos a tendência de tentar preencher o vazio da alma com aquilo que não satisfaz. Para que não continuemos nessa busca infindável e perigosa, voltemo-nos para o Evangelho. Ouçamos o Pai por meio do Filho. Assim, nosso coração estará satisfeito na vida presente e na eternidade.