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MEDITANDO NAS ESCRITURAS (3): Motivações para a Meditação na Palavra de Deus (Parte 2)Um provérbio comum no ambiente do aconselhamento bíblico diz o seguinte: “Fazemos o que fazemos porque queremos o que queremos.” Ou seja, por trás de todas as nossas ações, existem motivações internas ou interesses. No entanto, ser impulsionado por uma motivação ou interesse não é o que torna condenáveis nossas atitudes, ações ou pensamentos. Tudo depende da natureza das motivações que nos estão impulsionando.O apóstolo Pedro, escrevendo a cristãos que estavam vivendo em dias de severa perseguição, procurou incentivá-los ao apego às Escrituras, apresentando algumas verdades que deveriam funcionar como motivações poderosas. Em 1Pedro 1:22-2:3, o escritor sagrado ensina que a meditação na Palavra de Deus é essencial à vida dos servos de Jesus. Pedro defende esse princípio, apresentando três verdades que devem nos impulsionar à meditação nas Escrituras: a glória da Palavra (1Pe 1:22-25), o gosto da Palavra (1Pe 2:1-2a) e o ganho da Palavra (1Pe 2:1-2b).A glória da Palavra se encontra no seu poder sobrenatural de operar a regeneração e assegurar a glorificação dos que são por ela regenerados. Quanto ao gosto da Palavra, assunto tratado em 2:1-2a, diz respeito ao deleite que está disponível ao coração que se alimenta da gloriosa Palavra do SENHOR. Ao ensinar acerca do gosto da Palavra, Pedro enfatiza a necessidade que temos da Palavra de Deus, comparando-a à necessidade que os recém-nascidos têm do leite materno. Portanto, em 1Pedro 2:2, está escrito: “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação.” Sabemos que o mundo nos estimula a alimentar nossa alma com “alimentos” que dão sensação de saciedade, mas não suprem o de que realmente necessitamos. De fato, o único alimento espiritual garantido, puro, genuíno e não adulterado é a Palavra de Deus. Qualquer outro cardápio, por mais atraente e apetitoso que possa parecer, é alimento espiritualmente contaminado, que não possui os nutrientes de que nosso espírito precisa.  É interessante notar que Pedro não nos ordena a esperar que tenhamos capacidade de saborear a Palavra. Na realidade, ele nos dá uma ordem quando diz: “Desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação.” O verbo “desejar” aqui não está apenas indicando um fato ou a possibilidade do ato de desejar, mas, por estar no modo imperativo, denota uma ordem ou mandamento. Diferente do que geralmente pensamos, o desejo ou gosto pela Palavra nasce de uma ato de obediência ao SENHOR. Sabemos que, muitas vezes, motivados pela necessidade de saúde física, sentimo-nos forçados a comer aquilo que não desejamos. Porém, se persistirmos na prática recomendável de comer alimentos saudáveis, o nosso gosto muda, e, em pouco tempo, passamos a apreciar aquilo que antes não nos apetecia. Assim acontece com a nossa alma em relação à Palavra de Deus. Por vários motivos, poderemos nos sentir enfastiados pela meditação nas Escrituras. Porém, se decidirmos andar em obediência, e não na base dos nossos sentimentos, logo poderemos, como Davi, dizer que os preceitos do SENHOR “São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos” (Salmos 19:10). Obedeça a Deus, e seu apetite espiritual vai mudar.Você concorda com essas mensagens? Então, tome sua Bíblia e comece a ler imediatamente. Mude seus hábitos, a fim de que a Palavra de Deus possa ser o marcador do começo e do fim do seu dia. Siga essa dieta espiritual, e você receberá crescimento que leva à salvação.