Listen

Description

Meditando nas Escrituras (32): Protegido pela Palavra do SENHORLeitura: Salmos 119:41-48Dentre as muitas utilidades da Palavra de Deus, devemos destacar o fato de ela se constituir na fonte do poder de que precisamos quando somos atacados pelos que zombam da nossa fé.O salmista discorre sobre esse assunto na quinta estrofe do Salmo 119, que inicia com a seguinte oração: “Venham também sobre mim as tuas misericórdias, Senhor, e a tua salvação, segundo a tua promessa” (v. 41). Sabendo que Deus é fiel e tem prometido proteger Seus servos, o salmista pede que o SENHOR o salve dos seus perseguidores. Estando revestido das misericórdias e da salvação do SENHOR, ele tem uma certeza: “E saberei responder aos que me insultam, pois confio na tua palavra” (v. 42). Aprendemos, por meio de muitos textos bíblicos, que os servos de Deus estão sempre envolvidos numa ferrenha batalha espiritual. Nesse combate, poderemos muitas vezes ser surpreendidos com a perversa perspicácia dos que vivem na incredulidade. Por isso, não devemos cair na tentação de confrontar nossos oponentes com nosso raciocínio e argumentação. Em nós mesmos, não há força para vencermos o mundo. Por essa razão, o salmista pede que o SENHOR o assista, pois, assim, ele poderá calar os inimigos com a sabedoria divina que se acha nas Sagradas Escrituras. De posse da Palavra, o salmista se sente seguro para o combate espiritual. Por isso, no versículo 43, ele insiste: “Não tires jamais de minha boca a palavra da verdade, pois tenho esperado nos teus juízos” (v. 43). Se a palavra da verdade faltar na nossa boca, não teremos como resistir diante dos ataques do mundo. No entanto, o autor sagrado não busca a Palavra de Deus apenas por causa da proteção que ela dar em face da perseguição. Além de desejar a Palavra como instrumento de defesa, o salmista também está decidido em obedecer-lhe, pois, no versículo 44, está escrito: “Assim, observarei de contínuo a tua lei, para todo o sempre.” Devemos, sim, conhecer bem as Escrituras. Porém, esse conhecimento será de pouco valor se não estivermos decididos a obedecer à Lei de Deus.Depois de se comprometer em obedecer à Palavra do SENHOR, no versículo 45, o escritor do salmo diz: “E andarei com largueza, pois me empenho pelos teus preceitos.” O que significa “andar com largueza?”. A pesquisa no contexto e na língua original nos revela que essa expressão significa assumir publicamente suas convicções, aderir à sua crença de modo ousado e sem reservas. Aqui, o autor sagrado está dizendo que, uma vez que ele decidiu observar os mandamentos do SENHOR, ele não tem razão para ficar constrangido ao obedecer aos preceitos da Palavra de Deus diante dos homens. Seu compromisso com a Palavra lhe dá ousadia para, se preciso for, dar testemunho da sua fé até mesmo perante os reis e os poderosos. Assim sendo, ele declara no versículo 46: “Também falarei dos teus testemunhos na presença dos reis e não me envergonharei.”Os versos finais da estrofe dizem: “Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo. Para os teus mandamentos, que amo, levantarei as mãos e meditarei nos teus decretos” (vv. 47-48). Desse modo, o salmista encerra afirmando seu amor pela Palavra de Deus, pois ele declara duas vezes, nesses versículos, sua profunda afeição pelas Escrituras. E, por causa do seu amor, ele se compromete em reverenciar a Palavra de Deus, declarando também que meditará na Sagrada Escritura, para que, desse modo, toda sua alma fique envolvida nas maravilhas da Lei do SENHOR. Não precisamos ficar preocupados com os ataques do mundo. Meditemos na Palavra de Deus e, consequentemente, teremos ânimo, conhecimento e poder para resistir nos dias maus.