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Meditando nas Escrituras (39): Sabedoria de acordo com as EscriturasLeitura: Salmos 119:97-104 Encantados com os raciocínios falaciosos da filosofia grega, os cristãos da cidade de Corinto se mostravam incapazes de distinguir a sabedoria da loucura. Por isso, o apóstolo Paulo os advertiu, dizendo: “Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles” (1Coríntios 3:18-19). De acordo com as Sagradas Escrituras, a verdadeira sabedoria tem sua fonte em Deus e se manifesta na vida daqueles que andam segundo os preceitos do SENHOR. Sabedoria, portanto, pode ser definida como a capacidade de aplicar, na vida prática, as verdades encontradas na Palavra de Deus. Esse é o assunto da décima segunda estrofe do Salmo 119.As perseguições e as blasfêmias dos incrédulos, embora severas, não foram suficientes para afastar o salmista da Palavra do SENHOR. Ao contrário, quanto mais o atacavam, mais ele se apegava à Palavra de Deus. Desse modo, o escritor sagrado começa a décima segunda estrofe do Salmo 119 declarando: “Quanto amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia!” Algumas pessoas, quando passam por provas, ficam amarguradas e fogem do SENHOR. O salmista, porém, em meio às duras provações, não fugiu de Deus, porém, para Deus. Por causa disso, à medida que o tempo passava, seu permanente contato com os preceitos do SENHOR fazia nascer, no seu coração, verdadeiro amor pelas Escrituras, evidenciado não apenas em palavras, mas na firme resolução de meditar na Lei do SENHOR todo o dia. Ter conhecimento não significa necessariamente ter sabedoria. Uma pessoa pode ser especializada em determinada área do saber humano, todavia, se não tiver conhecimento da Palavra de Deus, continua sendo uma pessoa limitada em entendimento da realidade. Salomão, o homem mais sábio do mundo, declarou em Provérbios 1:7: “O temor do SENHOR é o princípio do saber, mas os loucos desprezam a sabedoria e o ensino.” Sabendo disso, o salmista tinha verdadeira afeição pela Palavra de Deus. Ele fazia dos testemunhos do SENHOR o conteúdo das suas meditações, não apenas com o alvo de conhecer a Palavra, mas, acima de tudo, de obedecer-lhe. Esse era o segredo da sabedoria, do discernimento e da prudência do salmista que o colocava em enorme vantagem em relação aos inteligentes e aos experientes deste mundo (vv. 98-101).Enquanto os homens se estribam em seus próprios raciocínios e se afastam do SENHOR, o salmista prefere ser ensinado pela Palavra de Deus (v. 102), pois, por meio dela, ele recebe a instrução que resulta em um viver agradável ao SENHOR. São os preceitos de Deus que podem nos dar discernimento e sensatez para que possamos detestar “todo caminho de falsidade” (v. 104). De acordo com o testemunho do salmista, o amor pela Palavra de Deus é fruto da nossa decisão de permanecermos apegados à Lei do SENHOR. Esse contato constante vai fazer com que a nossa alma se deleite na Palavra de Deus, até que possamos dizer como o autor do Salmo 119: “Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais que o mel à minha boca” (v. 104). Foi esse deleite na Palavra que fez com que Davi dissesse que os preceitos do SENHOR “são mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos” (Salmos 19:10).