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Edição Especial de Páscoa (4): Avaliando as Testemunhas da RessurreiçãoLeitura Bíblica: 1Coríntios 15:35-49Será que as evidências das aparições de Cristo após Sua ressurreição são confiáveis? O filósofo ateu Michael Martin, na sua obra “Argumentos contra o Cristianismo”, declara: “Uma pessoa cheia de zelo religioso pode ver o que quer ver, não o que realmente existe.” Lee Stroble, de certo modo, tinha a mesma opinião. Por isso, seu interesse em confirmar a fidedignidade dos antigos testemunhos acerca da ressurreição de Jesus.Dessa vez, sua busca o levou ao encontro do Dr. Gary Habermas que, na época, era professor e diretor do departamento de filosofia e teologia da Universidade Liberty, nos Estados Unidos. Strobel sabia que Habermas tinha participado de diversos debates sobre o tema da ressurreição, além de ter escrito sete livros acerca do assunto. O jornalista estava chegando ao fim da sua jornada investigativa e, querendo ir direto ao ponto, pediu que Dr. Habermas comentasse sobre o fato de que, no exato momento da ressurreição de Jesus, não havia ninguém dentro do túmulo, a fim de confirmar o evento. E perguntou-lhe: “Isso não é bastante para concluirmos que a ressurreição não foi um evento histórico?”. “De jeito nenhum”, disse o Dr. Habermas. “A ciência se fundamenta em causas e efeitos. Não vemos dinossauros, estudamos os fósseis. Não sabemos como uma doença se origina, mas estudamos seus sintomas.” E prosseguiu: “Quando examinamos as evidências da ressurreição do SENHOR, precisamos ter certeza de duas coisas: que Jesus morreu e que, posteriormente, foi visto por algumas pessoas. “Se estabelecermos esses dois fatos, podemos encerrar nosso caso, pois mortos, normalmente, não se comportam assim”, disse o Dr. Habermas. Desde a entrevista com o Dr. Alexander Metherell, Strobel estava convencido quanto à morte de Jesus. Mas não estava convencido quanto à veracidade das aparições do Cristo ressurrecto? Para o Dr. Habermas, a investigação deveria levar em conta o fato de Paulo, ao escrever a Primeira Epístola aos Coríntios, ter afirmado duas vezes que viu Jesus vivo após a Sua morte (cf. 1Coríntios 9:1 e 15:8). Focando em 1Coríntios 11, o Dr. Habermas demonstrou que as palavras escritas nos primeiros versículos vinham de um credo cristão. Habermas mostrou claramente que Paulo, além de afirmar que viu o SENHOR, fez uma investigação cuidadosa sobre os fatos enquanto falava com os que tinham sido testemunhas oculares.Em 1Coríntios 15, Paulo termina sua lista de testemunhas dizendo que Jesus apareceu para mais de 500 pessoas de uma só vez. A esse respeito, Strobel fez questão de afirmar que os críticos desconsideram a validade dessa informação porque ela não aparece em nenhum dos quatro Evangelhos. Entre os várias argumentos do Dr. Gary Habermas, ele chamou a atenção de Strobel para o fato de Paulo afirmar que muitos, dentre as mais de 500 testemunhas mencionadas, ainda estavam vivas. Isso indica que Paulo tinha conhecimento pessoal de alguns ao mesmo tempo em que estava dando oportunidade para os duvidosos conferirem, por si mesmos, a veracidade das suas palavras. Além disso, disse o Dr. Habermas, “Quando você tem apenas uma fonte, você pode perguntar: “Por que não existem outras?” Mas você não pode dizer que, por ser única, é desprezível e indigna de ser usada em sua defesa.” Enquanto a conversa seguia, Dr. Habermas falou sobre a importância dos múltiplos testemunhos dos Evangelhos e do livro de Atos, sempre lembrando o fato de que, se o corpo de Jesus estivesse ainda no túmulo de José de Arimateia, os sacerdotes de Jerusalém poderiam facilmente levar o povo para vê-lo, acabando de vez com a pregação da ressurreição. Se não o fizeram, foi porque, de fato, o corpo não estava no sepulcro. Antes de terminar a entrevista, Lee Strobel tocou em mais alguns pontos e pediu que o Dr. Gary Habermas discorresse sobre a importância da ressurreição. Para sua surpresa, o Dr. Habermas não falou, como esperado, sobre a centralidade da ressurreição para a doutrina cristã. Em vez disso, com semblante introspectivo, compartilhou com Strobel a mais triste ocorrência da sua vida: a morte lenta e dolorida da sua querida esposa Debbie, que, em 1995, fora vítima de câncer de estômago. Enquanto seguia pelo “vale da sombra da morte” junto com a esposa, em seus momentos de maior tristeza, o Dr. Habermas se imaginava diante de Deus, fazendo a seguinte pergunta: “SENHOR, por que minha esposa está morrendo?” E, no pensamento, a única resposta que Deus lhe dava era esta: “Gary, se eu ressuscitei meu filho há dois mil anos atrás, há uma resposta para a morte de Debbie em 1995”. Lee Strobel percebeu como a certeza de ressurreição era a melhor resposta para o mais terrível dos inimigos: a morte. Ao concluir a conversa, o Dr. Habermas fitou os olhos do jornalista e disse: “Eu creio com todo o meu coração. Se a ressurreição existe, o Céu existe. Se Jesus foi ressuscitado, Debbie será ressuscitada. E eu também serei algum dia. Então, verei tanto a Jesus quanto a minha esposa.”A argumentação intelectual tinha tocado na mente de Strobel, mas a aplicação prática da ressurreição no caso da morte da esposa do Dr. Habermas mexeu com seu coração. Não faltava mais nada. Strobel tinha resposta satisfatória para suas três perguntas iniciais. Chegara a hora de tomar uma posição sobre tudo que tinha ouvido. O que ele iria fazer e como resolver o “problema" da sua própria esposa? Sabe o que ele fez? Amanhã, veremos o final dessa história.