A rabeca não se define apenas por caracteres musicológicos no Brasil. É preciso considerar seu caráter a partir de conjecturas transculturais de seu patrimônio material e simbólico enquanto instrumento de música e de oralidades. Pois é como se os usos e memórias da rabeca brasileira tivessem viajado indiretamente por matizes culturais que alcançaram um distante passado da África setentrional, passando pela europa, até que no século XX iniciasse uma nova fase de sua jornada na cultura popular do Brasil. Portanto é no presente, na vivência nacional, que a rabeca ainda busca uma legitimidade de seu caráter, a partir de suas origens milenares até as primeiras décadas do novo milênio.