Junho é o mês do orgulho LGBTQI+. Em 28 de junho de 1969, a truculência das batidas policiais recorrentes ao Stonewall Inn, bar em Nova York que era ponto de encontro da comunidade LGBT, encontrou forte resistência. Um grupo de pessoas reuniu-se ao redor do bar para impedir que a polícia levasse os detidos. E a resposta policial foi mais repressão. O evento foi o estopim para uma série de manifestações de luta pela liberdade que ocorreram nos dias seguintes. Um ano depois, 1970, os Estados Unidos sediaram, no próprio 28 de junho, a primeira parada formal, previamente organizada, do orgulho LGBT. Apesar de trazermos esse tema mais uma vez à mesa agora, vale dizer que toda hora é hora para falar de diversidade sexual. Aliás, se o calendário for pautar o debate, tem datas o ano inteiro a serem lembradas: 29 de agosto, por exemplo, é Dia Nacional da Visibilidade Lésbica, 23 de setembro, da Visibilidade Bissexual, 31 de março, da Visibilidade Trans...
A luta pela visibilidade guia os debates, que ainda precisam falar recorrentemente de violência e da falta de acesso efetivo a direitos. O Elas com Elas traz hoje à mesa três mulheres para nos ajudarem a pensar sobre a diversidade sexual e a luz que se joga sobre ela hoje no Brasil. Nossa ideia não é, de nenhuma maneira, esgotar o tema, nem mesmo as letras da sigla. Mas abrir uma porta para o reconhecimento das tantas lutas e das tantas histórias que os rótulos que atribuímos ao mundo escondem.