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O que nos une? São as dores ou as delícias? Talvez os dois? Um pouco de cada? Depende da situação? Independentemente do contexto, acho que dá pra dizer que o vínculo exige algo de reciprocidade. Ou de convergência: duas intenções caminhando para o mesmo lugar. E quando os caminhos se cruzam, ou se aproximam, dá para fazer um movimento que traz força e consistência: criar redes. Foram muitos já os episódios do Elas com Elas que mencionaram as redes de apoio como espaços, inclusive, de sobrevivência. As redes de mobilização também. E hoje a gente olha para os pedidos de ajuda como uma iniciativa de começar a construí-las. Mas nem sempre é fácil. Pedir ajuda demanda olhar para si ou para o seu próprio grupo e entender fragilidades, vulnerabilidades e limitações. Pedir ajuda é abrir mão de controle, é se abrir para o outro e é se expor ao não. O movimento, afinal, é mútuo. Estar aberta a pedir ajuda e encontrar quem esteja aberta a oferecê-la. E dá para pensar nisso em vários âmbitos da vida e em vários níveis: em atuações individuais e coletivas; em ações amadoras ou em políticas públicas; em grupos pequenos e em grupos grandes; entre vizinhas ou entre coletivos de toda a América Latina. A extensão do nosso pedido de ajuda pode ser proporcional à extensão da rede de troca e apoio que estamos dispostas a criar. Vamos juntas para o episódio de hoje do Elas com Elas, em que vamos falar disso mesmo: da possibilidade de seguir caminhando lado a lado, especialmente quando estamos diante dos maiores muros que precisamos cruzar em buscar de direitos e liberdade?