A maioria dos artistas são homens? Ou a vida e a obra das mulheres foi silenciada por quem escreveu a história da arte? As modernistas Anita Malfatti e Tarsila do Amaral ganharam o status de precursoras, mas, apesar de terem sido muito relevantes, não foram as primeiras. Sem acesso ao ensino superior, uma vez que a academia só passou a ser aberta às mulheres nos anos 1890, as artistas, até então, eram vistas como amadoras. Nos últimos anos, museus do mundo todo têm tentado trazer as mulheres à vista, mas ainda há muito a avançar. Em 2009, o centro Georges Pompidou, em Paris, se propôs a expor, durante todo o ano, as mulheres artistas que já tinha na coleção. Para falar de um tempo e de um espaço mais próximos, o Brasil assistiu a um sucesso de público em 2018, com a exposição Mulheres Radicais, na Pinacoteca do Estado, um dos principais museus brasileiros. O MASP, outro expoente, dedica o ano de 2019 às mulheres, agora com as exposições Djanira: a memória de seu povo; Tarsila Popular, Lina Bo Bardi: Habitat. Para falar sobre a presença das mulheres na arte, a apresentadora Gabriela Mayer receber a jornalista e pesquisadora Karina Sérgio Gomes, a artista visual Lia Chaia, e a curadora-chefe da Pinacoteca do Estado de São Paulo, Valéria Piccoli.