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Hoje o Elas com Elas começa a se debruçar sobre um tema que sem dúvidas vai demandar mais de um episódio. Mas vamos dar o pontapé inicial com o guarda-chuva aberto e, mais para frente, trazemos à nossa pauta os diferentes recortes de uma questão que se impõe ao país: o envelhecimento da população. Em 2030, segundo a projeção do IBGE, a pirâmide populacional do país começa a se inverter. O ritmo é esse aqui: havia três milhões de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil em 1960; em 1975, já eram 7 milhões; 14 milhões em 2002 (um aumento de 500% em quarenta anos) e em 2020, a casa dos 30 milhões já terá sido ultrapassada. Cerca de 85% dessa população estão nas cidades, áreas urbanas. Onde está também a maior oferta de serviços e de assistência. O envelhecimento demanda pensar nosso modelo de sociedade, mas sugere também uma revisão das nossas individualidades. Como enxergamos a velhice hoje? Quando passamos dos 50, dos 60, dos 70 anos, passamos a nos ver como todos iguais? Se temos uma certeza é a de que, aqueles que não morrerem antes, envelheceremos todos. Há desafios urgentes a serem pensados como país, mas há também subjetividades a serem captadas como pessoas. Falar sobre saúde, sobre assistência social, sobre previdência, sobre trabalho, sobre cidadania, sobre sustentabilidade, sobre planejamento urbano, sobre mobilidade... tudo isso importa muito! Mas importa também falar sobre como nós olhamos para o nosso próprio processo de envelhecimento, tema da conversa da apresentadora Gabriela Mayer com a jornalista Maria Antônia Demasi, mestre em gerontologia social; a aposentada Dora Cudignola, membro da ONG Eternamente Sou; e a educadora social Regina Lúcia dos Santos, coordenadora estadual do Movimento Unificado Negro de São Paulo e voluntária na Associação Amparar.