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Em 2012, a ONU criou o Dia Internacional da Menina, 11 de outubro. A data veio como lembrança de que meninas são crianças e adolescentes e têm direitos de crianças e adolescentes. Precisam de proteção, de cuidados e de um olhar específico, diferente daqueles que recebem as mulheres, estas já adultas. Ao serem reconhecidas como mulheres, meninas do mundo todo – do Brasil, inclusive – têm direitos negados, etapas saltadas e tempo roubado. Invisibilizar as meninas contribui, por exemplo, para que o Brasil seja o quarto colocado no ranking mundial absoluto e o terceiro país da América Latina com maior índice de casamentos de meninas com menos de 18 anos, com 36% de uniões deste tipo, ou para uma divisão abissalmente desigual de tarefas domésticas: 81,4% das meninas arrumam a própria cama, tarefa de apenas 11,6% dos irmãos meninos; 76,8% das meninas lavam a louça e 65,6% limpam a casa, enquanto 12,5% dos irmãos lavam a louça e 11,4% limpam a casa. Para falar sobre os desafios de ser menina e sobre a importância de reconhecê-las como tal, a apresentadora Gabriela Mayer conversa com a advogada Maíra Zapater, a psicanalista Maria Homem e a gerente de gênero e incidência política da Plan International Brasil, Viviana Santiago.