Diz o dicionário: líder é quem tem autoridade para comandar ou coordenar outras pessoas. Ou, se você preferir, a pessoa cujas ações e palavras exercem influência sobre o pensamento e comportamento de outras. Líder é palavra sem gênero, é o artigo que define: O líder, A líder – tanto faz. Mas não é “tanto faz” para todo mundo. A pesquisa “Atitudes Globais pela Igualdade de Gênero", do Instituto Ipsos, mostrou que, no Brasil, três em cada 10 pessoas (27%) admitem que se sentem desconfortáveis em ter uma mulher como chefe. Os homens são os mais resistentes, o índice de desconforto cresce para 31% quando recortamos apenas as respostas masculinas. O porcentual é semelhante ao de países como Índia, Coreia do Sul e Malásia, lugares onde a aversão à liderança feminina é bem maior que os 17% da média mundial. Isso no universo corporativo. Mas liderar pode incluir tantos outros contextos. No ativismo, no ambiente acadêmico, na militância, na política, dentro de casa... Ser referência é liderar. Tomar decisões é liderar. Organizar espaços e pessoas é liderar. E quantas dessas responsabilidades já não são atribuídas às mulheres? Mulheres na liderança é o tema deste episódio do Elas com Elas. Falar de liderança é falar também de ocupação de espaços de poder. É falar sobre funções, habilidades, expectativas sociais. E vai ter tudo isso na nossa conversa. A apresentadora Gabriela Mayer recebe Juliana Gonçalves, mestranda em estudos culturais, integrante da Marcha das Mulheres Negras e da Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial; Sofia Esteves, fundadora da Cia de Talentos; Carine Roos, empreendedora, cofundadora da Escola ELAS; Amanda Gomes, cofundadora da Escola ELAS. Com participações Luana Génot, diretora-executiva do ID_BR (Instituto Identidades do Brasil), e Lucelena Ferreira, autora do livros Mulheres na Liderança – Obstáculos de Gênero nas Empresas e Estratégias de Superação.