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Saiu o ranking global de felicidade deste ano, feito com base no Relatório Mundial da Felicidade. E advinha só: com a pandemia, o Brasil despencou 12 posições, ocupando o 41º lugar. Mas será que esse ranking registra com fidelidade a forma como as pessoas de cada país se sente? Para responder isso, é preciso entender os requisitos utilizados para compor essa lista. Ao medir o nível de felicidade, o relatório utiliza sete critérios: PIB per capita, apoio social, vida saudável, expectativa de vida, liberdade, generosidade e ausência de corrupção.
Ninguém discute que realmente as pessoas precisam do básico para ser feliz. Sociedades em guerra, em regimes autoritários ou que vivem com problemas estruturais de falta de acesso a alimento, saúde e educação convivem com a infelicidade cotidianamente. Mas a partir do momento em que um povo alcançou o mínimo, não só para sobreviver, mas também pra levar uma vida confortável, novas necessidades surgem.
Um exemplo disso é a Finlândia, que ocupa o primeiro lugar do ranking global de felicidade, mas tem enfrentado sérios problemas com a saúde mental de seus jovens. O relatório “Na sombra da felicidade” de 2018, por exemplo, mostrou que cerca de 16% das mulheres e 11% dos homens finlandeses relatam estar em sofrimento. Além disso, o mesmo estudo apontou que o suicídio é responsável pelas mortes de 35% dos jovens de 16 a 24 anos.
Podemos dizer então que o conceito de felicidade é relativo? As questões subjetivas também impactam no estado de espírito das pessoas? É possível ser feliz em um momento de tantas tristezas, como a que vivemos agora com a pandemia? Sobre esse assunto, conversamos com o professor da pós-graduação em Psicologia Positiva da PUC do Rio Grande do Sul, Gustavo Arns; e com o escritor, consultor e professor de pós graduação na FAE Business School, Luiz Gaziri.
Vem com a gente para Um Papo Sobre Ciência, podcast do Jornal da Band com apresentação de Joana Treptow, que tem a proposta de discutir temas da atualidade sob a perspectiva científica, ouvindo quem entende do assunto.
Sonorização: Sammy Farah
Edição: Larissa Scarpelini
Coordenação: Stéfanie Rigamonti
Direção: Andre Basbaum