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No fim de junho, o governo federal enviou ao Congresso a segunda parte da reforma tributária, com propostas de mudanças no Imposto de Renda. A boa notícia é que vai aumentar a quantidade de brasileiros que vão ficar livres do pagamento.

Por causa disso, a taxa paga pelos demais trabalhadores também foi corrigida. Por exemplo, atualmente contribui com 7,5% quem ganha entre R$ 1900 a R$ 2800. Com as alterações, quem pagará esse imposto menor é a pessoa que recebe salário entre R$ 2500 e R$ 3200. Em relação à taxa máxima de 27,5%, atualmente é para quem ganha mais que R$ 4600. Com a proposta, vão pagar isso só os trabalhadores que receberem R$ 5300.

Mas alguns pontos na proposta original geraram muitas críticas, como o fim do desconto na declaração simplificada para quem ganha mais de R$ 3,3 mil. Houve também pressão por parte da classe empresarial, que alegou um aumento da carga tributária. Isso porque, apesar da redução da taxa de imposto de renda de 15% para 12,5% a partir 2022 e para 10% a partir de 2023, foi sugerido um adicional de 10% sobre os lucros acima de R$ 20 mil.

A diminuição na arrecadação também seria compensada com a cobrança de 20% sobre os lucros e dividendos de acionistas e donos de empresas, que hoje são isentos de tributos. Mas, com a pressão, o relator do projeto na Câmara, o deputado Celso Sabino (PSDB-PA), sugeriu mudanças. E além de afetarem as empresas, essas alterações podem inclusive mexer no bolso dos brasileiros.

Sobre isso, a jornalista Stéfanie Rigamonti conversou com Juliana Rosa, colunista de economia do Grupo Bandeirantes de Comunicação.

Operação de áudio: Erik Narciso Vernizzi
Coordenação: Stéfanie Rigamonti
Direção: Andre Basbaum