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Meditando nas Escrituras (13): O Poder da Palavra de Deus (Parte 1)“O profeta que tem sonho conte-o como apenas sonho; mas aquele em quem está a minha palavra fale a minha palavra com verdade. Que tem a palha com o trigo? diz o Senhor. Não é a minha palavra fogo, diz o Senhor, e martelo que esmiúça a penha?” (Jeremias 23:28-29).Esses versículos fazem parte do texto em que Jeremias está repreendendo os falsos profetas. O povo precisava, desesperadamente, ouvir a verdade, mesmo que não lhe fosse confortável, pois sabemos que uma dura verdade é sempre melhor que uma suave mentira. A palavra dos falsos profetas era palha, enquanto a Palavra de Deus era trigo. O trigo da Palavra do SENHOR alimenta nossa alma; a palha das palavras humanas nos deixa espiritualmente enfraquecidos.Nos versos citados acima, além de comparar Sua Palavra ao trigo, o SENHOR, por meio do Seu profeta, também a compara com fogo e martelo. Nas Escrituras, frequentemente, encontramos o fogo servindo como metáfora para as palavras e as ações de Deus. Em Jeremias 5:14, por exemplo, está escrito: “Portanto, assim diz o Senhor, o Deus dos Exércitos: Visto que proferiram eles tais palavras, eis que converterei em fogo as minhas palavras na tua boca e a este povo, em lenha, e eles serão consumidos.” O povo estava vivendo em pecado, desprezando a lei de Deus e dizendo que Deus não estava vendo a iniquidade nem iria julgar a transgressão. Foi nesse contexto que Deus disse que Sua Palavra seria como fogo na boca de Jeremias, e o povo rebelde seria como lenha. O fogo da Palavra do SENHOR iria consumir os pecadores.A comparação da Palavra de Deus com fogo também nos lembra de que ela serve para purificar o pecador. Certa vez, estando no templo do SENHOR em Jerusalém, o profeta Isaías teve uma visão da glória de Deus. No final, vendo o grande contrate entre a santidade de Deus e o seu próprio pecado, Isaías, achando que iria morrer, declarou: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos!” (Isaías 6:5). Quando, em desespero, o profeta entendeu que o reflexo da santidade de Deus, que ele acabara de contemplar, resultaria na sua morte, foi surpreendido com a visita de um dos serafins que participara da visão gloriosa. Assim, em Isaías 6:6-7, está escrito: “Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniquidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado.” Aqui, o fogo serviu para ilustrar o poder de Deus de nos purificar dos nossos pecados.Devido a sua capacidade de revelar e purificar o pecado, a exposição à Palavra de Deus nunca passará em brancas nuvens. Ela, com seu poder divino, sempre deixará sua marca no nosso coração. Por isso, o SENHOR afirma em Isaías 55:11: “Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia, mas fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a designei.”  A Palavra é penetrante e eficaz como fogo. Infelizmente, a nação de Israel, na época do profeta Jeremias, preferia ser entretida com a mensagem enganosa dos falsos profetas, do que sentir a dor purificadora da Palavra do SENHOR. Espero, sinceramente, que você jamais fuja da verdade, por querer se livrar do desconforto que ela poderá causar. Lendo e meditando na Sagrada Escritura, poderemos sentir a dor que leva à salvação. Distante da Palavra de Deus, sentiremos o alívio temporário que leva à perdição. Qual é a sua escolha?