Meditando nas Escrituras (44): a Justiça de Deus Revelada na Sua PalavraLeitura: Salmos 119:137-144Na época do profeta Samuel, houve uma guerra entre os israelitas e os filisteus. Vendo que estava em desvantagem, o exército de Israel mandou que a arca do SENHOR fosse trazida para o campo de batalha. Ao ver que a arca se aproximava, e que todo o Israel rompia em grandes brados, os filisteus temeram muito e disseram em desespero: “Ai de nós! Quem nos livrará das mãos destes grandiosos deuses? São os deuses que feriram aos egípcios com toda sorte de pragas no deserto” (1Samuel 4:8). A presença da arca não evitou a derrota de Israel, pois Deus não pode ser manipulado por objetos ou símbolos sagrados, nem depende de braços humanos para carregá-l’O ou defendê-l’O. Essa é uma história interessante que merece ser lida e estudada em sua inteireza, mas, por enquanto, notemos um ponto interessante: o quanto os filisteus tinham medo de ser alvo da ira de Deus. De fato, eles tinham razão quanto a esse temor, pois, posteriormente, a terra e os deuses dos filisteus foram duramente castigados pelo SENHOR, mesmo sem a presença de um só judeu para reivindicar a justiça e a santidade de Deus. Como afirma Abraão em Gênesis 18:25, Deus é o Juiz de toda a Terra. Na sua justiça, o SENHOR julga de acordo com a medida da Sua santidade. O resultado é que, por sermos pecadores, nenhum de nós será considerado inocente. Em Salmos 119:137-144, o tema da justiça de Deus está em evidência. Nessa estrofe, o salmista observa como a perfeita justiça de Deus se manifesta na Sua Palavra.Visto que Deus é o reto Juiz, cuja justiça é eterna, e cuja Lei é a própria verdade (v. 142), o salmista fica maravilhado ao reconhecer que a perfeição do SENHOR perpassa toda Sua Palavra, que deve ser recebida como expressão dos retos juízos de Deus (v. 137), os quais são impostos “com retidão e com suma fidelidade” (v. 138). Sabendo que o caráter de Deus está plenamente revelado nas Escrituras, o salmista percebe sem dificuldade que a Palavra do SENHOR é puríssima e, por isso, ele tem por ela grande estima (v. 140). Diante da força dos adversários que zombam da Palavra de Deus (v. 139), o autor sagrado reconhece sua incapacidade para enfrentar seus oponentes, porém afirma: “Pequeno sou e desprezado; contudo, não me esqueço dos teus preceitos” (v. 141). Quando nos sentirmos pequenos e insignificantes ante aparente grandeza dos que desprezam a Palavra de Deus, não recuemos na nossa confiança, mas cumpramos o compromisso de manter os preceitos do SENHOR sempre vivos em nossa mente. Afinal, como diz o salmista no último versículo dessa estrofe, “eterna é a justiça dos teus testemunhos; dá-me a inteligência deles, e viverei” (v. 144). Muitas expressões do salmista no Salmo 119 nos lembram as palavras do SENHOR quando Satanás o provocou com a proposta de transformar pedras em pães. A isso, o SENHOR respondeu: “Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus.” (Mateus 4:4). Que essa verdade nos anime a ler e a meditar na Palavra do SENHOR.