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Edição Especial de Páscoa (2): A Certeza da Morte de CristoLeitura Bíblica: 1Coríntios 15:20-28Tinha chegado a hora de Lee Strobel pôr o pé na estrada. Sua esposa havia abraçado a fé cristã, e ele queria livrá-la desse “perigo”. Para isso, precisava apenas mostrar que a ressurreição de Jesus não tinha ocorrido, sendo, portanto, uma falsificação milenar. Strobel pensava que resolveria o dilema respondendo a três perguntas. A primeira era a seguinte: ao ser crucificado, Jesus teria morrido realmente? A pergunta parecia sem propósito, porém era substanciada por uma lógica inegável: sem morte, não poderia haver ressurreição. Stroble sabia que essa ideia de que Jesus não morrera era antiga. O Alcorão, por exemplo, livro sagrado do islamismo, escrito no sétimo século depois de Cristo, afirma que Jesus nunca morreu. A comunidade muçulmana Ahmadiyya, fundada na Índia, em 1889, defende que Jesus, depois de ter sido posto no túmulo, teria fugido para a Índia. Até hoje, existe um santuário que, supostamente, marcaria o local do verdadeiro sepultamento de Jesus na cidade de Srinagar, na região da Caxemira. Além disso, no século XIX, vários teólogos liberais diziam que, na cruz, Jesus teria apenas desmaiado, dando a aparência de que estava morto. Nesse caso, Jesus teria passado por um processo de ressuscitação, não de ressurreição. A fim de fundamentar suas conclusões, Strobel partiu para o sul da Califórnia, onde foi encontrar-se com o médico Alexander Metherell, famoso por suas pesquisas históricas, arqueológicas e médicas concernentes aos fatos em torno da morte de Jesus. A conversa com o doutor Metherell foi esclarecedora. O médico, com precisão cirúrgica, descreveu o processo de tortura a que Jesus fora submetido. Explicou que, antes de ser preso, Jesus já estava sob terrível dor psicológica, o que explicaria a hematidrose, fenômeno físico em que, às vezes, uma pessoa sob forte pressão emocional chega a suar sangue. A razão é que, devido ao estresse excessivo, certas toxinas são liberadas na corrente sanguínea, causando o rompimento dos capilares das glândulas sudoríparas.   Depois dessa explanação inicial, o Dr. Metherell, passou a descrever o flagelo preliminar à crucificação, o mais brutal de todos os castigos infligidos pelos romanos. A tortura iniciava-se com, pelo menos, 39 chibatadas dadas com um chicote feito de tiras couro que continha pequenas bolas metálicas nas pontas. Quando o chicote atingia a carne, os pedaços de metais abriam enormes feridas, que se tornavam mais sangrentas e doloridas à medida que a tortura continuava. Logo as lacerações nas costas ficavam tão profundas que chegavam a expor os músculos. Com a excessiva perda de sangue, o coração acelerava, a pressão sanguínea caía bruscamente, os rins deixavam de produzir urina e a vítima sofria intensa sede. Quanto ao processo da crucificação em si, primeiro, a vítima tinha os pulsos cravados com enormes pregos na trave horizontal da cruz. O nervo mediano, que se estende até a palma das mãos, era rompido, causando uma dor insuportável. Depois, a vítima era levantada, tendo os pés cravados na trave vertical. Uma vez fixado na cruz, em pouco tempo, o peso do corpo causava o deslocamento dos ombros. É a isso que se refere o Salmo 22, onde está escrito: “Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram” (Sl 22:14). Se, depois de toda essa violência, a vítima ainda estivesse viva, não resistiria por longas horas, pois faltaria forças para realizar os movimentos respiratórios pela ação do diafragma. Então, a grande concentração de dióxido de carbono no sangue logo se transformaria em ácido carbônico, causando arritmia cardíaca. A persistente taquicardia resultante do baixo volume de fluidos no corpo causaria acúmulo de líquido em volta do coração e dos pulmões, causando derrame pericárdico e pleural. Isso explica por que, quando um soldado abriu o lado de Jesus com uma lança, transpassando o pulmão e o coração, jorrou água e sangue da ferida (João 19:34).A explicação médica era bastante. Strobel estava convencido de que Jesus realmente tinha morrido, e não somente desmaiado. Quem nega o fato da morte de Jesus revela tanto má vontade para com a verdade revelada nos Evangelhos quanto ignorância do processo histórico da crucificação. Concluída a conversa com o Dr. Metherell, Strobel estava pronto para partir em busca da resposta para a segunda pergunta: o túmulo de Jesus foi mesmo achado vazio no domingo subsequente à crucificação? Amanhã veremos como Strobel desvendou esse mistério! A ressurreição de Jesus é o coração do cristianismo. Se Cristo não ressuscitou, a fé cristã é nula. Se, porém, Ele tiver ressuscitado, precisaremos lidar pessoalmente com as implicações desse fato. Você está pronto para isso?