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Meditações no Evangelho de João (83): Completando o Projeto de DeusLeitura Bíblica: João 17:1-5No seu livro “Não Jogue sua Vida Fora”, o pastor John Piper conta uma história que ocorreu em um culto no qual seu pai era o pregador. Terminado o sermão, ele perguntou se alguém gostaria de confessar sua decisão de confiar somente em Cristo como seu SENHOR e Salvador. Naquele momento, um homem bastante idoso veio à frente e, em lágrimas, repetia: “Joguei minha vida fora; joguei minha vida fora”. A vida é uma breve corrida. O que importa não é como damos a largada, mas como cruzamos a linha de chegada. Em João, capítulo 17, Jesus está chegando ao final da sua jornada terrena. A poucas horas da cruz, o SENHOR eleva Seus olhos para o Céu, a fim de prestar contas ao Pai da missão que viera cumprir, avaliando os impactos do Seu desempenho na Sua própria vida e na vida dos Seus discípulos presentes e futuros. Nos versículos 1 a 5, Jesus ora por Si mesmo. O eterno plano de redenção dos pecadores por meio do filho, que fora delineado na eternidade passada, chegava ao seu ápice. Toda a criação, ao longo de todas as eras, vinha aguardando com expectativa esse momento. Ao longo do Seu ministério, várias vezes, a Escritura diz que “ainda não era chegada Sua hora”. Em Caná da Galileia, por ocasião do primeiro milagre do SENHOR, Sua própria mãe achava que chegara o momento de Ele manifestar-se imponentemente como o Messias. Jesus a corrigiu dizendo: “Mulher, que tenho eu contigo? Ainda não é chegada a minha hora.” (João 2:4). Porém, no capítulo 17 de João, vendo a rápida aproximação da cruz, Ele diz: “Pai, é chegada a hora”. Era o final da corrida terrena, o tempo estava cumprido, e Jesus pede que o Pai O honre com glória eterna, assim como o honrara, dando-Lhe autoridade eterna. O alvo de Jesus com essa petição era único: “Para que o Filho Te glorifique” (João 17:1). Jesus pede que o Pai O assista na hora da aflição, aceite o Seu sacrifício, ressuscite-O dentre os mortos e O restaure à glória que Ele gozara por toda a eternidade. A grande missão de Cristo era conceder a vida eterna a todos os que o Pai Lhe desse. Mas o que isso significa? O SENHOR responde dizendo: “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3). O sentido da vida eterna que Jesus veio nos oferecer não significa apenas vida sem fim. Todos os homens existirão eternamente, embora alguns numa condição existencial designada de morte eterna. No ensino de Jesus, a autêntica vida eterna se caracteriza essencialmente pelo conhecimento do Pai por meio do Filho. Esse conhecimento é sinônimo de relacionamento íntimo, contínuo e infindável com Deus. Nesse sentido, a infinitude é apenas um aspecto da vida eterna que os salvos recebem pela fé no Filho de Deus. De fato, a vida eterna é um tipo diferente de vida que começa imediatamente após confiarmos plenamente em Cristo como nosso SENHOR e Salvador. Concluindo Sua carreira, Jesus estava dizendo: “Pai, a missão de conceder vida eterna aos que me deste está chegando ao fim. Dentro de poucas horas, tudo estará consumado. Vivendo em constante obediência ao meu chamado, “eu Te glorifiquei na terra, consumando a obra que me confiaste para fazer”. Nestes últimos momentos, assista-me com Sua poderosa e eterna glória.”Diferentemente do homem mencionado no início, Jesus não jogou Sua vida fora, porque procurou cumprir a vontade do Pai no breve tempo em que viveu neste mundo. Refletindo sobre isso, pensemos na nossa própria vida. Viver para a glória de Deus é a missão de todos nós, pois, para isso, fomos criados. Por isso, em 1Coríntios 10:31, o apóstolo Paulo diz: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” Estamos cumprindo essa missão ou estamos jogando nossa vida fora?