*Meditações no Evangelho de João (84): A Proteção dos Servos de DeusLeitura Bíblica: João 17:6-12A ordem missionária de Jesus conhecida como a “Grande Comissão” é uma tarefa monumental. Porém, ao mesmo tempo em que o SENHOR entrega aos Seus discípulos a missão de levarem o Evangelho aos confins da Terra, o SENHOR lhes fornece o poder, o programa e, acima de tudo, a promessa que garante sucesso no cumprimento da missão: “Eis que estou convosco todos os dias até à consumação dos séculos” (cf. Mateus 28:20). A oração do SENHOR registrada em João, capítulo 17, é conhecida como “a oração sacerdotal”. Ela recebe esse título porque, nesse texto, Jesus está exercendo Seu ofício de sacerdote ou pontífice, fazendo a ligação entre Deus e os discípulos, ao pedir ao Pai que os proteja. É confortante saber que o Bom Pastor está atento a todas as necessidades das Suas ovelhas e, incansavelmente, intercede por elas diante do Pai. Em Hebreus 7:25, está escrito: “Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.”Ao interceder por Seus discípulos, Jesus o faz com ousadia, porque aqueles em favor dos quais Ele ora foram escolhidos para serem propriedade exclusiva do Pai ainda antes da vinda do SENHOR Jesus ao mundo. O Pai os havia selecionado, mas eles não O conheciam, pois estavam, como Paulo diz, “mortos em seus delitos e pecados” (cf. Efésios 2:1). Por essa razão, conforme acerto entre as Pessoas da divina Trindade, o Filho viria ao mundo, a fim de receber os escolhidos como um presente especial dado pelo Pai (cf. João 6:37; 17:9, 24). É por isso que, em João 17:6, o SENHOR declara: “Manifestei o teu nome aos homens que me deste do mundo. Eram teus, tu mos confiaste, e eles têm guardado a tua palavra.” Desse modo, alcançados pela Luz que “vinda ao mundo, ilumina a todo homem” (cf. João 1:9), os discípulos de Jesus, do passado e do presente, podem conhecer realmente o Pai, cuja natureza e glória foram manifestadas pelo Filho. E, como o SENHOR mesmo disse, esse conhecimento seria, precisamente, a essência da vida eterna.A perseguição do mundo contra os discípulos viria de várias frentes. Porém, na Sua oração sacerdotal, Jesus pede livramento de um ataque que poderia causar grande dano à causa do Evangelho: a desunião dos Seus discípulos. Assim, em João 17:11, Jesus faz a seguinte petição: “Pai santo, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.” Ainda durante Seu ministério, Jesus precisou lidar com o incômodo de ter, entre os Seus escolhidos, um mensageiro de Satanás: Judas Iscariotes, “o filho da perdição” (cf. João 17:12). Ora, se o Diabo conseguiu inserir um dos seus agentes no grupo que foi selecionado pelo próprio Cristo, certamente, ele iria tentar o mesmo depois da partida de Jesus. Em uma das Suas parábolas, Jesus falou que os filhos do maligno seriam qual joio no meio do trigo, que, figuradamente, representa os filhos de Deus. É animador saber que Cristo intercede por Seus servos diante do Pai. Observando o relato e o ensino do Novo Testamento, notamos que Jesus orou por discípulos antes de escolhê-los (cf. Lucas 6:12-16), durante Seu ministério (cf. João 6:15), no final de Sua estada neste mundo (João 17) e continua a interceder por eles no Céu (Hb. 7:25). Essa incessante atividade de intercessão sacerdotal revela o cuidado e o amor de Jesus por Seus discípulos.Se você tem colocado sua fé em Cristo, espere a oposição do mundo. Prepare-se para, à semelhança do Seu Mestre, sofrer desprezo e perseguição. Contudo, não esqueça que nossa vitória está garantida por toda a eternidade. Em João 10:27-29, Jesus disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar.” Oro que a sua alma possa descansar nessa maravilhosa verdade.